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Maria Gadú discreta no segundo disco

Cantoa lançou CD no final do ano sem badalação

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 07/01/2012 às 11:06
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O CD e DVD Multishow ao vivo - caetano Veloso e Maria Gadú foi bom para a cantora novata, que se tornou conhecida no país inteiro. Por outro, fez co mque ela fosse submedtida a uma exposição que não parece estar dentro do seu estilo. O disco e DVD venderam 200 mil cópias, ótimos números na época atual, de pirataria galopante e download facilitados, por conta disso ele cantou muito no rádio, apareceu na TV, e se apresentou pelas principais cidades do país com Caetano Veloso. Excesso de sucesso leva a uma natural antipatia por parte de uma parcela do público consumidor de cultura.

A paulista, nascida em 1986, teve uma carreira de ascensão meteórica. Dos barzinhos cariocas, passou para a badalada minissérie sobre a cantora Maysa. Foi o filho de Maysa, Jaime Monjardim quem primeiro abriu as portas para Maria Gadú, que estreou na TV exatamente nesta minissérie, cantando Ne me quitte pas, de Jacques Brel. Logo cairia nas gaças de Milton Nacimento e do ídolo Caetano Veloso. Seu disco de estréia Maria Gadú (2009), teve atenção especial da Som Livre (ela lançou pelo selo alternativo Slap, da gravadora global). vendeu até agora mais de 200 mil cópias.

Agora ela chega ao teste do segundo disco, Mais uma página, o título. Gravado durante as viagens com Caetano Veloso, e saído enquanto o Multishow ao vivo ainda ia com carreira embalada, o disco teve pouca badalação. A cantora não fez entevistas para promovê-lo. Assim como no primeiro CD, ela não aprece querer chamar atenção sobre si, começando pela capa, que não privilegia foto sua, até o conteúdo atribuído à banda, ou seja, a ela  Maria Gadú (voz, violões), Cesinha (bateria), Fernando Caneca (guitarra e violão tenor), Doga (percussão), Gastão Villeroy (baixo) e Maycon Vianna (teclados). Duas faixas tem a assinatura do tecladista Maycon Vianna. Porém Mais uma página é, antes de tudo, e sobretudo, um disco de Maria Gadú, o que nem as várias parceria modificam. O nome do álbum foi extraído da letra de No pé do vento (dela e Edu Krieger): “Digo mais uma página do mesmo livro/porque cada passo é uma página de uma mesma história”.

das 15 faixas, oito foram compostas por Maria Gadú.E as parcerias desta vez cruzam fronteiras. Com o premiado, com o Grammy, Jesse Harris há duas, as baladas Like a rose, e Long long time (mais Maycon Ananias). Com o português Marco Rodrigues, um dueto em Valsa. Axé Capella (com Luisa Maita), é dela e Danny Black, já gravada no Multishow ao vivo. Também de personalidade forte, Ana Carolina imprime sua marca em Reis (feita a seis mãos, com Maria Gadú e Chiara Civello). Com Lenine, Maria Gadú canta a sua Quem?. Caetano Veloso não está no disco, ao menos cantando. Além de Tempo tempo tempo, é dele a declaração de admiração, ao mesmo tempo elegia, Estranho natural: “Será que te conheço desde a infância/ será que na infância eu parti/ prum mundo imaginado por você/ ou por você um mundo veio/ e a infância assim se foi”. O segundo disco, (o dividido com Caetano não conta) é a prova dos nove. Maria Gadú foi aprovada. Mais uma página ratifica a boa compositora de música pop, rock ligeiro, a intérprete de timbre particular e original. Não é um disco de difícil digestão, mas está longe das facilidades de Multishow ao vivo.

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