Biografia

ABBA, a mais famosa banda sueca, ganha biografia

Há 40 anos, o quarteto ganha festival e o sucesso internacional

JOSÉ TELES
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JOSÉ TELES
Publicado em 28/05/2014 às 6:00
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Agnetha, Bjorn, Benny & Ann-Frid eram nomes conhecidos na música da Suécia desde o começo dos anos 60, em carreira solo, ou em grupos como Hep Stars, ou Hootnany Singers. País sem tradição na música pop, muto menos no rock, a chance de um grupo sueco chegar ao estrelato era ganhar o concurso mais popular da Europa, o Eurovision Song Contest. Criado em 1956 foi uma tentativa bem sucedida de unificar, nem que apenas pela música, um continente ainda traumatizado pela Segunda Guerra Mundial.

Os Hep Star, por exemplo, embora extremamente bem sucedido em seu país, cantando em inglês, na maioria das vezes, as vezes emplacava um sucesso menor na Bélgica, Holanda, mas era solenemente esnobado pelos ingleses, meca de todo grupo europeu. No final dos anos 60, Benny conheceu Bjorn, e passaram a compor juntos. Logo Benny conheceria, e casaria, com Frida (a norueguesa Anni-Frid Lyngstad, cuja mãe mudou-se com ela para Suécia, para evitar problemas. Frid era filha de um oficial das forças invasoras alemãs. Algo imperdoável para os norugueses depois que a Guerra acabou).

Bjorn tornou-se namorado da cantora Agnetha, e logo estavam casados. Inevitável que se tornassem um quarteto. Em 1970, Benny e Bjorn lançaram um álbum. Numa das faixas, Hej gamle man, Frida e Agnetha fizeram o coro. Pela primeira vez os quatro gravaram juntos. Como um grupo lançaram o disco de estreia em 1972, como Bjorn & Benny, Agnetha & Frida.

No final dos anos 60, nos livros de história de música pop enfatiza-se o rock psicodélico de Jimi Hendrix, The Who, ou Led Zeppelin, mas o que predominava nas paradas da Billboard era pop baixo teores como Yummi, yummi, yummi, do Ohio Express, Sugar, sugar, dos Archies, Ballroom blitz, com o Sweet, e ainda I started the joke, com os Bee Gees. Estas eram as influências do quarteto sueco, com a parede de som criada por Phil Spector, e música popular sueca. Nada de blues, ou soul.

Uma fórmula que se provaria uma bomba, a partir de 1974, quando já eram conhecidos como ABBA, simplificaram o nome do grupo em 1973, para que fosse facilmente pronunciável em qualquer país. O que o ABBA nunca escondeu é que era uma banda estritamente comercial. Suas canções eram pensadas em termos de paradas de sucesso. Em fins de 1973, começaram uma canção que tivesse palavras repetidas, como em "Sugar, sugar, ou Yummi, yummi, ou um sucesso anterior deles próprios, Ring, ring. O empresário do grupo, deparou em um livro com a palavra Waterloo, cidade belga, em cujas cercanias, Napoleão foi derrtadom em 18de junho de 185, pelas tropas alemas e inglesas.

Na letra da canção, Waterloo era uma metáfora para o relacionamento de uma moça que acabava cedendo para um cara insistente. Com esta música entraram no cobiçado Eurovision, acontecido este ano em Brighton, na Inglaterra. Quando passaram nas eliminatórias, a empresa Polar, que cuidada dos negócios do grupo preparou-se para encher o mercado de discos e cassetes do ABBA. No dia 6 de abril de 1974, o Eurovision foi vencido pela primeira por um grupo sueco.

ABBA - a biografia de Carl Magnus Palm (Best Seller, 459 páginas), marca os 40 anos da explosão internacional do grupo, num texto leve, bem informativo, que pode interessar até a quem não tem afinidades com a banda. Começa em 12 de fevereiro de 2005, em Escolmo, na estreia da versão sueca do filme musical Mamma mia!, baseado ns canções do ABBA. Uma multidão se aglomera diante do Teatro Cirkus onde será exibido. Pelo menos três dos integrantes do grupo annciaram que compareceriam. A icognita é arredia Agnetha, raramente aparece em público. Se ela viesse seria a primeira vez em 19 anos que os quatro integrantes do ABBA seriam vistos junto em público. (leia matéria completa na edição impressa de hoje do Jornal do Commercio)

 

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