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Percussionista indiano abre a Mimo

Trilok Gurtu encantou o público na Igreja da Sé no primeiro dia da Mostra Internacional de Música em Olinda

Anna Tiago
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Anna Tiago
Publicado em 04/09/2014 às 23:18
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Trilok Gurtu encantou o público na Igreja da Sé no primeiro dia da Mostra Internacional de Música em Olinda - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O público lotou a Igreja da Sé, no Sítio Histórico de Olinda, para conferir a abertura da 11ª Mostra Internacional de Música em Olinda (Mimo). Quem deu início às apresentações foi o percussionista indiano Trilok Gurtu, que esteve pela segunda vez em Pernambuco. Acompanhado de sua bateria e tabla, instrumento de percussão famoso na Índia, mostrou sua forma peculiar de tocar e foi ovacionado pelos espectadores.

O show foi inspirado no álbum Spellbound, um tributo do músico a alguns grandes trompetistas de jazz. No repertório autoral, uma mistura de jazz, música indiana e outros ritmos, como música oriental e trilhas de bollywood, a indústria de cinema indiana. A apresentação foi acompanhada pelo tecladista turco Tulug Tirpan, pelo trompetista alemão Christian Kappe e pelo baixista espanhol Jonathan Cuniado.

Apesar de quase meia hora de atraso e do calor, o público não desviou a atenção das mãos do indiano, que, em alguns momentos, tocava bateria de um modo sutil, sem usar as baquetas, e a tabla com as pontas dos dedos.

Após os 20 minutos iniciais do show, Gurtu se apresentou, mostrando simpatia e fazendo brincadeiras com a plateia. “Eu falo aqui e tem gente que nem entende, mas sorri a aplaude. Mas é isso, sorriam, sejam felizes”, disse. O músico também alegou conhecer ritmos pernambucanos e arriscou batidas curtas de maracatu e forró na tabla.

Quem acompanhava a apresentação dentro da igreja se mostrava encantado pelo som. “Venho à Mimo há quatro anos. Não conhecia Trilok Gurtu, mas, quando saiu a programação, pesquisei na internet e me interessei bastante pela música dele”, disse o estudante Rafael Lisboa.

Muitas pessoas também presenciaram o show do lado de fora por meio de um telão. A advogada Georgina Marques, por exemplo, não conseguiu senha para entrar na igreja, mas não perdeu a oportunidade de prestigiar o artista. “Tentei pegar a senha, mas já tinha esgotado. O som aqui fora não é tão bom, mas queria muito vê-lo, gosto muito de percussão. Foi melhor do que ficar em casa”, afirma.

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