SHOW

João Bosco se apresenta no Teatro Guararapes

Cantor traz a turnê do disco Não vou pro céu, mas já não vivo no chão, lançado em 2009

Do JC Online
Cadastrado por
Do JC Online
Publicado em 27/02/2015 às 8:22
Foto: Divulgação
Cantor traz a turnê do disco Não vou pro céu, mas já não vivo no chão, lançado em 2009 - FOTO: Foto: Divulgação
Leitura:

“Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.” A frase disposta no poema A flor e a náusea, tecida por Carlos Drummond de Andrade e posteriormente associada por Francisco Bosco, filho do cantor, compositor e violonista mineiro João Bosco, em referência às quatro décadas de estrada musical do pai, diz também sobre o show voz e violão que o veterano apresenta hoje, às 21h, no Teatro Guararapes. O concerto traz ao palco do projeto MPB Petrobras o quase autobiográfico disco Não vou pro céu, mas já não vivo no chão, lançado em 2009.

Passado o tempo das constantes coautorias com Aldir Blanc – mais de 100, entre elas, a criação da música O bêbado e a equilibrista –, com quem rompeu para se reaproximar somente 20 anos depois, João Bosco encontrou no seu primogênito um novo parceiro para dividir sua obra. Ao lado do filho Francisco, afilhado de Blanc (e atual presidente da Funarte), o compositor assina cinco faixas dó álbum Não vou pro céu, mas já não vivo no chão, entre elas a afro Tanajura, a bossa nova Perfeição e a densa Desnortes. 


Dupla criativa que imortalizou seus versos na voz da pimentinha Elis Regina, os compadres Bosco e Blanc retomam a parceria em Plural singular: “Você é e sempre foi / Meu par / E sem par / O não-ser virando ser / Nascer / Transcender... ”. As recentes Sonho de caramujo, Mentiras de verdade e Navalha, presentes no disco, também foram compostas pelos dois.
Imortalizada na voz de Clementina de Jesus, Ingenuidade, de Serafim Adriano, é a única música do disco cuja autoria não é assinada por João Bosco. A intérprete gravou sua música Incompatibilidade de gênios, apresentando-se com ele no projeto Seis e Meia, no final da década de 1970, quando o artista iniciava sua carreira.

João Bosco esteve em solo e palco recifenses em março do ano passado. Na ocasião, em formato intimista, também em voz e violão, o cantor apresentou um show que revivia seus 40 anos de carreira, inspirado no CD e DVD 40 anos depois, lançados em 2012.

A abertura da apresentação de hoje fica por conta do percussionista cantor e letrista Penquinha, pernambucano nascido em Floresta e íntimo de Petrolina. O baixista Bráulio Araújo o acompanha na execução de clássicos do cancioneiro popular brasileiro.

Últimas notícias