FORRÓ

Forrozeiros Pé de Serra e Ai comemora dez anos

A Sociedade, fundada em 2005, yem como precursores nomes como Santanna O Cantandor e Tereza Accioly, que preside a entidade desde a sua fundação

Germana Macambira
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Germana Macambira
Publicado em 01/06/2015 às 6:15
Foto: JC Imagem
A Sociedade, fundada em 2005, yem como precursores nomes como Santanna O Cantandor e Tereza Accioly, que preside a entidade desde a sua fundação - FOTO: Foto: JC Imagem
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A ideia era dar uma “arrumada” na casa: Identificar novos talentos, manter os já existentes e, assim, preservar o forró pé de serra. Um primeiro encontro despretensioso aqui, um segundo, terceiro e tantos outros acolá e os compromissos entre Santanna, O Cantador, Laelma (esposa do artista) e Tereza Accioly passaram a ser chamar reuniões. 

A essa altura já havia a necessidade de dar um nome ao grupo - que ganhava adesão de outros artistas, como Petrúcio Amorim e Rogério Rangel - e, mais ainda, era preciso registrar as anotações e oficializar no papel os sonhos que surgiam em cada uma das tantas noites regadas a conversas e, é claro, a muito forró.

Nascia, então, em 2005, a Sociedade dos Forrozeiros de Pé de Serra e Ai (Sofops), que hoje reúne cerca de 200 nmes interessados em cultivar o ritmo, com sede no bairro da Madalena.

"Um (forrozeiro) ia convidando o outro. E o que começou com um bate papo entre amigos, se transformou em uma sociedade, que hoje nomes do forró pé de serra", contou Tereza, que desde a fundação preside a entidade.

"Num dia 13 de maio, em 2005, uma festa na antiga Casa das Máquinas, em Dois Irmãos, lançou oficialamente o sonho de manter a cultura pé de serra entre nós", completou a presidente.

A Sofops se propõe - além da divulgação do ritmo - a projetar artistas, com a audição dos trabalhos e o consequente lançamento ao público dos discos. Também dar suporte a quem quer se profissionalizar. "Ouvimos o disco e analisamos. Porque o forró tem que ter qualidade. Indicamos os artistas que estão aptos parafazer shows e ensinamos, inclusive, a puxar o fole de uma sanfona", salientou Tereza, se referindo às oficinas que a casa promove.

A proposta de 'sustentar' a tradição do forró pé de serra ganhou desdobramentos em outros locais. Em Exu, por exemplo, sob o comando do cantor Flávio Leandro, já existe um espaço voltado para o ritmo. Assim como na Paraíba e em Fortaleza.

"Fomos pinoneiros. E sob nossa orientação, surgiram outros projetos semelhantes", comemora Tereza Accioly, que ainda tem alguns sonhos a realizar como presidente da Sofops, entre eles, a aquisição de um espaço que possa ser chamado de 'a casa do forró' em Pernambuco. "Daqui a dez anos, quero que a Sociedade seja um ponto de tuismo da nossa cultura".

Em uma década de funcionamento, a Sociedade dos Forrozeiros Pé de Serra e Ai projetou novos artistas, instituiu o Dia Estadual do Forró - comemorado em 12 de setembro - e trouxe de volta a força do forró de 'raiz'.


"A Sociedade representa a união dos forrozeiros. Através dela, ganhamo apoio, solidariedade e compreensão. Nós, os forrozeiros, não nos sentimos mais sozinhos", afirmou Petrúcio Amorim, um dos fundadores de toda essa história de sucesso.

"Quem acreditou nesse sonho, progrediu. Há dez anos, o forró passou a ser bem tratado", finalizou Santanna, um dos grandes incentivadores do bom forró.

 

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