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Naná Vasconcelos se apresenta no Fito

Após encerrar uma das etapas do tratamento contra um câncer no pulmão, o percussionista pernambucano voltou aos palcos no Festival Internacional de Teatro de Objetos

Allan Nascimento
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Allan Nascimento
Publicado em 28/09/2015 às 11:00
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MACEIÓ - "Eu sou um Brasil que o Brasil não conhece", explica Naná Vasconcelos. Duas semanas depois de encerrar uma das etapas do tratamento contra um câncer no pulmão, o percussionista pernambucano voltou aos palcos no último fim de semana para uma série de cinco apresentações no Festival Internacional de Teatro de Objetos (Fito), que encerrou domingo (27/9), em Maceió, a sua quinta edição. Em meio a uma programação com nomes do exterior e referências nacionais no teatro de objetos, além de um show-performance com Tom Zé, Naná destacou-se pela vitalidade apresentada no festival. 

Em entrevista ao Jornal do Commercio, o músico aproveitou para, mais que comemorar o êxito no evento, refletir sobre a carreira e seus novos planos. "Participar do Fito é maravilhoso por conta da liberdade de improvisação. Me propõe a usar minha criatividade, usar no palco essa minha música que não parece com nada", comenta após uma das apresentações, no sábado (26/9). Questionado sobre o porquê dessa autodefinição do som que emana, Naná detalha: "Falo isso porque o que faço é uma música muito minha, que não parece com nada do que é feito, e que para ser reconhecida foi preciso eu ralar muito fora do País. Se eu não tivesse feito isso, hoje acho eu seria um músico acompanhando outros artistas", explica, sobre a propriedade de uma carreira que lhe deu fama internacional.

Quando conseguiu o aval médico para ir ao evento em Maceió, Naná comentou em coletiva que seriam apresentações curtas, de apenas 25 minutos. Mas, demostrando o mesmo fôlego de antes do tratamento, esse tempo foi extrapolado. Quase sempre para 40, 45 minutos. "Se deixarem, eu toco a noite toda. Só parei por que pediram", diz o músico, que nas apresentações formou grande cirandas - e em uma cidade sem tradição qualquer no ritmo. 

O texto completo está no Caderno C desta segunda-feira (28/9), no Jornal do Commercio.

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