Ao longo deste fim de semana, o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, será tomando pelos amantes da tinta na pele. A Recife Tattoo Arte, feira organizada pelo tatuador recifense Henrique Brandão, chega a segunda edição com o intuito de desmistificar e difundir a arte da tatuagem, além de capacitar tatuadores com informações sobre técnicas e segurança.
Começando amanhã e seguindo até o domingo, sempre das 10h às 21h, o evento receberá mais de 200 profissionais, nacionais e estrangeiros, body piercers e estandes de lojas especializadas em produtos, equipamentos e serviços para tatuagens e body art. Entre os nomes confirmados estão os de Inácio da Glória, um dos pioneiros e mais importantes profissionais da tatuagem nacional, e o de Gerson Araújo, primeiro brasileiro a realizar em si a técnica Eyeball Tattoo (na qual o tecido que reveste o globo ocular é colorido permanentemente).
“A ideia é mostrar que a tatuagem é uma profissão que exige conhecimento e dedicação como qualquer outra. O Nordeste ainda é muito conservador, provinciano com relação a pessoas tatuadas e dar essa visibilidade ao assunto é importante”, explica Henrique ao JC.
As melhores tatuagens realizadas durante a convenção passarão pelo crivo de uma comissão julgadora, que as premiarão em categorias como Oriental, New School, Old School, Realismo, Portrait (em que há a reprodução de uma foto), Aquarela e Cultura Nordestina.
Completa a programação o concurso Miss Tattoo 2016, que premiará a escolhida como a mais estilosa entre as mulheres tatuadas presentes com uma quantia em dinheiro, ensaio fotográfico e, claro, uma tatuagem.
BIOSSEGURANÇA
Antes da Recife Tattoo Arte 2016 começar, todos os tatuadores credenciados participarão de uma oficina de Biossegurança direcionada ao seguimento da tatuagem, ministrada pela bióloga Hayana Arruda Azevedo, especialista em biologia celular e molecular.
“Tatuar requer cuidados específicos, mas por aqui ainda não é tão difundido o costume de os profissionais fazerem cursos, se atualizarem, como existe no sudeste, por exemplo. Por isso estimular essas especializações também é bacana”, pontua Henrique Brandão.