PALESTRA

Romoaldo de Souza revela muito mais sobre o café

Em conversa no RioMar Shopping,o jornalista, blogueiro e barista falou sobre a história e o preparo da bebida

Da Editoria de Cultura
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Publicado em 25/05/2017 às 10:51
Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
Em conversa no RioMar Shopping,o jornalista, blogueiro e barista falou sobre a história e o preparo da bebida - FOTO: Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem
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Um público curioso na forma de melhor preparar a mais popular bebida no Brasil lotou, ontem à noite, o auditório da Livraria Saraiva, no RioMar Shopping, para conferir o que tinha a dizer a respeito um dos maiores divulgadores do café no Brasil. De trégua temporária em suas funções em Brasília, onde atua como correspondente da Rádio Jornal, o jornalista, blogueiro e barista Romoaldo de Souza deu uma palestra sobre a história do café usando sua melhor ferramenta: o didatismo com leveza e bom humor.

Romoaldo foi didático, por exemplo, em dar dicas práticas sobre a melhor forma de se preparar café em casa: “coado no filtro de papel”. Mas nada tão simples assim. “É preciso enxaguar o filtro com água quente, e desprezar essa água. Assim, a celulose e as tintas do papel não irão interferir no sabor do café”, disse ele, lembrando que os bons grãos resultam numa bebida que dispensa a adição de açúcar. “Um bom café, bem extraído, tem seus açúcares naturais. Os cafés ruins, torrados demais, por exemplo, é que tem sabores desagradáveis”, lembrou.

CHEGADA AO BRASIL

Popularizado no Ocidente depois do Iluminismo, quando ficou conhecido como a bebida da Idade da Razão, o café, lembrou o especialista, chegou ao Brasil de maneira curiosa e um tanto romântica. “Depois que a filha do governador do Grão-Pará, Rulietita Franco, chegou de Paris a Belém, falou da bebida e o governador incumbiu um alferes, um sargento-mor, Francisco de Melo Palheta, de ir à Guiana Francesa buscar as sementes”, conta.

“Chegando na Guiana Francesa, na cidadezinha de Caiena, Palheta procurou o governador Luis d’Orvilliers. Contou que o Brasil tinha interesse em disseminar a plantação de café, que era difícil ir à Arábia e propôs um pacto. A primeira safra seria meio a meio. O governador disse que tinha ordens expressas da Coroa Francesa de não ceder um grão sequer. Mas, a esposa do governador, encantada com o alferes, lhe entregou, em segredo, um maço de rosas e um punhado de grãos de café verde. Foi assim, graças a duas importantíssimas mulheres, Julietita e madame d’Orvilliers que somos o maior produtor de café do mundo”.

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