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Francês Cédric Grolet é eleito o melhor confeiteiro do mundo

A lista The World's 50 Best o premiou como número um mundial da confeitaria por tê-la revolucionado principalmente com seus doces que imitam frutas

AFP
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Publicado em 13/07/2018 às 3:52
Foto: @cedricgrolet via Instagram
A lista The World's 50 Best o premiou como número um mundial da confeitaria por tê-la revolucionado principalmente com seus doces que imitam frutas - FOTO: Foto: @cedricgrolet via Instagram
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Em poucas semanas, o francês Cédric Grolet, de 32 anos, chef pâtissier do histórico hotel parisiense Le Meurice, chegou ao topo da gastronomia mundial. Foi eleito "melhor confeiteiro do mundo" e já acumula um milhão de seguidores no Instagram.

Em 20 de junho, a lista de referência "The World's 50 Best" o premiou como número um mundial da confeitaria, por tê-la revolucionado principalmente com seus doces que imitam frutas na aparência, e cujos recheios são explosões de sabores naturais de frutas e especiarias pouco adoçadas e trabalhadas em texturas leves - como mousse, geleia e gelatina.

Nesta semana, sua conta no Instagram, a mais popular da gastronomia francesa, atingiu a cifra mágica de um milhão de seguidores. O renomado e midiático chef Cyril Lignac o segue bastante atrás, com 584 mil seguidores.

Em sua página-vitrine, Grolet expõe suas criações quase artísticas: as famosas frutas — morangos, peras, pêssegos... —, as esplêndidas tortas de maçã em forma de rosa, assim como seu "cake" de Rubik, uma composição de pequenos dados de cores e sabores.

"Despir a confeitaria"

Sua missão: "despir a confeitaria", disse Grolet à AFP em novembro. "A ideia é eliminar o biscoito, os ovos, o gosto que não serve para nada e se concentrar no da fruta".

Foi Alain Ducasse, um dos chefs mais prestigiosos do mundo e proprietário do restaurante do Le Meurice, que o estimulou "a trabalhar o gosto". 

"O visual atrai o cliente na primeira vez, o gosto é o que faz com que ele volte", disse Grolet, à frente de uma equipe de 25 confeiteiros neste luxuoso hotel parisiense. 

Filho de um caminhoneiro e de uma cabeleireira, Grolet começou a trabalhar em restaurantes aos 13 anos graças a seu avô, que gerenciava um hotel. No verão, participava na colheita de frutas nos campos agrícolas.

"Um dia, um agricultor me deu uma caixa de morangos; transformei-a em um 'fraisier'", uma torta de pão de ló, creme e morangos, explicou o chef, natural da região de Loire (centro-leste).

Como aprendiz em uma padaria-confeitaria, "fazia pão a noite toda, para chegar na hora das sobremesas pela manhã e me ocupar das tortas de morango, cortar as maçãs... era a recompensa".

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Uma primeira miniloja

Após sua passagem pela escola de confeitaria e de ganhar vários concursos, chegou aos 20 anos a Paris, onde trabalhou primeiro na Fauchon, emblema da gastronomia de luxo.

No Meurice há sete anos, Grolet foi acumulando prêmios, como o de "confeiteiro do ano" do guia Gault et Millau 2018, assim como fãs no Instagram.

"É bom fazer tortas, mas é preciso saber se comunicar". "Faço um monte de fotos antes de publicar uma" na rede social, contou.

Em suas viagens ao exterior para dar aulas magistrais, segue em contato com sua equipe. "Desenho, trabalho quando estou no avião, envio a eles tudo o que eu tenho na cabeça. Quando vou a restaurantes, mando-lhes os pratos, as sobremesas, proponho ideias".

Sua ambição é estar no mundo todo "com uma dezena de estabelecimentos". Por enquanto, acaba de abrir uma pequena loja na esquina do Le Meurice, que chama a atenção de fora pelas longas filas que se formam.

O local, "meio laboratório e meio loja", apresenta uma vitrine praticamente vazia, com apenas algumas tortas de frutas elegantes. As criações são realizadas em função da demanda durante o dia, e quando a última é vendida, a loja fecha.

O cardápio exclusivo é limitado, e os preços, altos: de cinco euros cada "cookie" a 170 euros pelo "cake" de Rubik grande, passando pelo doce em formato de pêssego, por 15 euros.

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