A presidência da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) terá um novo titular em breve. O posto deve ser assumido por Alfredo Bertini, que no governo de Michel Temer foi secretário do Audiovisual e posteriormente de Infraestrutura Cultural do agora extinto Ministério da Cultura (Minc).
A informação foi divulgada pelo site Cinema Escrito, do jornalista Luiz Joaquim, em 31 de dezembro. De acordo com a matéria, o pernambucano foi convidado pelo novo ministro da Educação, Ricardo Vélez, e aceitou a função. Procurado pelo Jornal do Commercio, Alfredo Bertini afirmou que prefere se pronunciar quando for nomeado.
Na postagem do Cinema Escrito, no entanto, ele adiantou alguns de seus desejos para a futura gestão, como criar um núcleo permanente de pesquisa na área de Economia Criativa, fortalecer os cursos da Escola de Inovação de Políticas Públicas (EIPP), criada em 2017, e executar as comemorações dos 70 anos da Fundação e a memória dos 170 anos do nascimento de seu patrono, Joaquim Nabuco.
A Fundaj desenvolve atividades e projetos com foco em cultura, educação e inclusão social. No tocante à cultura, é responsável por iniciativas como o Museu do Homem do Nordeste, dois cinemas, a Cinemateca Pernambucana, a Editora Massangana, galerias de arte, entre outros.
A Fundação administra, também, o Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo de Andrade (Cehibra), criado em 1974, e que executa ações de preservação e restauração não só nos acervos da Fundaj, mas também de outras instituições públicas.
Como o JC noticiou em outubro deste ano, entre as ações comemorativas que podem ser executadas está a realização de uma grande exposição com obras de arte que pertencem ao acervo da instituição. A ideia anunciada era de que o espaço expositivo seria o Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães, casarão do século 17 onde funciona a sede da Fundaj.
CURRÍCULO
Fundador do Cine PE, em 1997, junto à sua esposa, a produtora Sandra Bertini, Alfredo Bertini é doutor em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Ele já atuou como secretário adjunto de Pernambuco, entre 1994 e 1995, e secretário de Turismo e Esportes do Recife, de 2004 a 2005.
Bertini também já presidiu o Fórum Nacional dos Organizadores de Festivais Audiovisuais Brasileiros e é autor de livros como Economia da Cultura e Quando o Caso é de Cinema, a Paixão é um Festival.
