Mais tradicional celebração religiosa em homenagem às pessoas que trabalham no Sertão, a Missa do Vaqueiro de Serrita, chegará ao Recife. Foi anunciado nesta quarta-feira (5), o Tengo Lengo Tengo, uma realização do Governo do Estado, através da Empetur, do Cais do Sertão, e da Cepe. Esta, no entanto, não será a única atividade do projeto, que começará dia 13 de junho e segue até 27 de agosto, celebrando a cultura sertaneja e dois de seus ícones, Luiz Gonzaga e o padre João Câncio.
A mostra Tengo Lengo Tengo contará com exposição na Sala São Francisco, no Cais do Sertão, a partir do dia 13 de junho. Dividida em três eixos, a mostra ressaltará a complexidade da cultura do Sertão, ampliando o olhar sobre a região. Na primeira parte, haverá fotos do Sertão Verde, enfatizando a relação dos moradores com as águas e como as chuvas renovam os ciclos naturais e culturais.
No segundo momento, o foco é a figura do vaqueiro, enquanto a última parte é voltada para a música popular, especialmente a produzida por Luiz Gonzaga. No centro cultural Cais do Sertão, serão realizadas ainda rodas de conversa com artistas, oficinas, leitura dramatizada, lançamento de livros e, aos domingos, apresentações artísticas.
A MISSA
A Missa do Vaqueiro, no Recife, será realizada dia 16 de junho, às 16h, no vão livre do Cais do Sertão. Na ocasião, o Bairro do Recife será ocupado por diferentes manifestações em alusão à festividade, como o desfile de vaqueiros com as indumentárias tradicionais, na Avenida Rio Branco.
Realizada anualmente, a Missa do Vaqueiro teve sua primeira edição em 1970, no Sítio Lajes, em Serrita, onde foi encontrado o corpo de Raimundo Jacó, um vaqueiro primo de Luiz Gonzaga. Junto ao padre João Câncio dos Santos, o Rei do Baião fundou o evento como uma celebração do ofício do vaqueiro e celebração da resistência do povo nordestino.
