Protesto

Artistas fazem vídeo de repúdio à fala machista de Bolsonaro contra repórter

Atrizes, cantoras, escritoras, jornalistas e intelectuais se posicionaram contra o presidente

Márcio Bastos
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Márcio Bastos
Publicado em 20/02/2020 às 11:07
Instagram/@jairmessiasbolsonaro/Reprodução
Presidente Jair Bolsonaro e presidentes dos bancos anunciaram novas medidas - FOTO: Instagram/@jairmessiasbolsonaro/Reprodução
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O ataque de Jair Bolsonaro à repórter repórter Patrícia Campos Mello, da Folha, gerou revolta em vários setores da sociedade ao ser apontado como mais um exemplo do machismo do presidente da República. Para ressaltar seu repúdio ao posicionamento do presidente, várias artistas mulheres, entre elas Cláudia Abreu, Majur, Alinne Moraes e Zélia Duncan, gravaram um vídeo de protesto.

A ação foi promovida pelo coletivo 342 Artes, criado por Paula Lavigne. No vídeo, as artistas afirmam que Jair Bolsonaro não pode continuar quebrando o decoro exigido pelo cargo. "Nós, mulheres da sociedade civil, nos perguntamos: será que estamos mesmo vivendo em uma democracia?", questionou Cláudia Abreu.

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Até o momento, o vídeo, que foi publicado na noite de quarta-feira (19), já tem mais de 18 mil visualizações na página do 342 Artes, além de outras milhares nas páginas das artistas e de outras contas.

ASSISTA AO VÍDEO:

ENTENDA O CASO:

Na última terça-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro ofendeu a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de São Paulo, ao fazer sugestões de conotação sexual.  “Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim”, afirmou o presidente.

A fala de Bolsonaro endossa as falas de Hans River, ex-funcionário da Yacows, que fez acusações contra a repórter na CPI das Fake News no Congresso. Hans afirmou que a repórter teria se insinuado sexualmente para ele com intuito de conseguir informações para sua matéria sobre o disparo de mensagens durante a campanha eleitoral de 2018. A Folha de São Paulo contestou as acusações e provou, através de mensagens e áudios, que a declaração de Hans era infundada.

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