Ativismo

Dois membros do grupo russo Pussy Riot conseguem asilo na Suécia

Luisine Djanyan e Aleksej Knedljakovskij, do Pussy Riot, alegaram sofrer assédio e ameaças de morte na Rússia, conseguindo asilo na Suécia

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Publicado em 01/05/2019 às 8:53
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Luisine Djanyan e Aleksej Knedljakovskij, do Pussy Riot, alegaram sofrer assédio e ameaças de morte na Rússia, conseguindo asilo na Suécia - FOTO: Foto: AFP/Reprodução
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Dois membros do polêmico grupo russo Pussy Riot conseguiram nessa terça-feira (30) asilo político na Suécia, onde estavam refugiados desde 2017 - anunciou a televisão estatal sueca SVT.

Os artistas Luisine Djanyan e Aleksej Knedljakovskij, pais de dois filhos, declararam-se vítimas de assédio e ameaças de morte em seu país de origem por seu ativismo político.

A solicitação da família foi recusada inicialmente em 2018, porque o escritório de imigração considerava que sua situação não era preocupante. O casal apelou e um tribunal de imigração se pronunciou a seu favor.

Em 2014, dois participaram de uma manifestação junto a outros membros do grupo Pussy Riot contra os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi.

Em 2016, Aleksej Knedljakovsky foi condenado a 15 anos de prisão após ter pendurado uma cruz no pescoço de uma estátua que representava o chefe da atual FSB, o serviço especial russo.

Pussy Riot em Recife

A integrante Nadya Tolokonnikova foi quem veio representar a banda/coletivo em show no Recife, no Abril Pro Rock deste ano. A apresentação foi realizada em formato compacto, com dois sintetizadores, uma guitarra e conceituais projeções, em grande parte de cunho político, alegando que as novas composições apresentadas ali as levariam de volta à prisão na Rússia. Monica Benício, viúva da vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018, discursou no palco, convidada por Nadya. O show bastante performático, com uma forte linguagem techno, mesclava canções em inglês e russo, fechando a noite de forma agitada.

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