DEFASAGEM

Pesquisa aponta as dez profissões mais procuradas no Brasil

Estão no topo do ranking operários, técnicos e motoristas

Da editoria de economia
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Publicado em 01/09/2014 às 13:30
Foto: Guga Matos/JC Imagem
Estão no topo do ranking operários, técnicos e motoristas - FOTO: Foto: Guga Matos/JC Imagem
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Num ranking de 42 países, o Brasil figura na quinta posição como o que mais carece de profissionais qualificados, com uma defasagem que atinge um patamar de 63%. Os mais procurados são operários, técnicos e motoristas (confira a arte ao lado. O País fica atrás apenas do Japão (81%), do Peru (67%), da Índia (64%) e da Argentina (63%). O índice é bastante alto, sobretudo quando comparado à média global, de 36%, a mais alta desde 2007, quando foi registrada uma escassez de 41%.

Os dados são da nona edição da Pesquisa Anual sobre a Escassez de Talentos do ManpowerGroup, que ouviu mais de 37 mil empregadores, 850 deles no Brasil. O lado positivo da estatística é a leve queda: no ano passado, o déficit do País era de 68%.

Apesar da relativa melhora, a situação do Brasil continua preocupante, segundo o CEO do ManpowerGroup Brasil, Riccardo Barberis. “A pequena queda percentual de 68% em 2013 para 63% em 2014 não significa melhora no quadro da empregabilidade. As empresas continuam sem preencher vagas, pois não encontram profissionais com as competências necessárias”, afirma.

Apesar da relativa melhora, Barberis não prevê melhora nos próximos anos. “Houve investimento recente do governo brasileiro e das próprias organizações em programas de treinamento e cursos profissionalizantes, porém são ações de longo prazo, que ainda não refletem no resultado do estudo”, diz.

Para a diretora do ManpowerGroup, Márcia Almostrom, as três primeiras ocupações do ranking brasileiro demonstram que as empresas têm mais dificuldade com cargos que não exigem graduação do que com profissionais diplomados. “O gap (lacuna) do Brasil atinge todos os níveis, mas está mais concentrado na faixa de profissionais técnicos. Essa conclusão aponta para a necessidade de investimento na formação desses profissionais”, conclui.

Os países menos preocupados com a escassez de mão de obra qualificada são Irlanda (2%), Espanha (3%), Holanda (5%), África do Sul (8%) e Cingapura (10%).

EMPRESAS - A pesquisa indica que as empresas têm consciência do impacto que a falta de profissionalização causa aos negócios. As organizações apontam que tal escassez resulta diretamente na redução da capacidade de atender adequadamente a necessidade de seus clientes (54%) e da competitividade e produtividade em geral (40%), no aumento da rotatividade de pessoal (27%) e na diminuição da criatividade e da inovação (24%).

Confira a pesquisa completa:

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