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Dijsselbloem minimiza temores sobre baixa inflação

Do outro lado do Atlântico, porém, os EUA não são tão otimistas sobre o problema da inflação na Europa

Da AE
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Publicado em 12/04/2014 às 10:19
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Do outro lado do Atlântico, porém, os EUA não são tão otimistas sobre o problema da inflação na Europa - FOTO: Foto: AFP
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A baixa inflação na zona euro é uma boa notícia, contanto que os críticos não criem um alarde sobre isso. Essa é a visão do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, de que é muito melhor ouvir as preocupações sobre a inflação baixa na Europa do que alertas sobre o colapso da zona do euro ou a perda da moeda única, discussões presentes durante a crise.

"Estou aliviado, se você olhar para trás no tempo, que a nossa principal preocupação é agora um possível período de inflação baixa sustentada", disse Dijsselbloem, que também é ministro das Finanças da Holanda, em uma entrevista na sexta-feira (11) enquanto participava das reuniões da primavera do Fundo Monetário Internacional, em Washington.

Do outro lado do Atlântico, porém, os EUA não são tão otimistas sobre o problema da inflação na Europa: o país quer ver a Alemanha e outros exportadores impulsionando a demanda doméstica para ajudar a levantar outros países para fora de suas crises. "Continuamos preocupados com as taxas de inflação consistentemente abaixo da meta e a demanda fraca", disse o secretário do Tesouro, Jacob Lew, em um comunicado.

Mas Dijsselbloem sugeriu que os comentários como o de Lew são parte do problema, uma vez que os avisos sobre a inflação baixa podem afetar as expectativas de inflação e a demanda.

"O que eu estou preocupado é que se todos nós continuarmos falando e alertando sobre o risco de deflação, isso vai se tornar uma profecia auto realizável", disse Dijsselbloem. "Porque se você continuar dizendo às pessoas e investidores e empresas de que haverá uma baixa inflação no longo prazo ou até mesmo deflação, isso pode influenciar o comportamento".

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