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Bolsas da Europa fecham em queda afetadas por recuo do petróleo

Na semana, no entanto, o indicador acumula alta de 4,47%, a primeira em três semanas

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 19/02/2016 às 16:30
Foto: HAIDAR MOHAMMED ALI  AFP
Na semana, no entanto, o indicador acumula alta de 4,47%, a primeira em três semanas - FOTO: Foto: HAIDAR MOHAMMED ALI AFP
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As principais praças financeiras da Europa encerraram em queda nesta sexta-feira (19) pressionadas pelo mau desempenho do petróleo e também pelo fraco impulso de outros mercados no mundo O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou o dia em queda de 0,77%, aos 326,37 pontos. Na semana, no entanto, o indicador acumula alta de 4,47%, a primeira em três semanas.

"Vários fatores contribuíram para a forte performance desta semana, particularmente a recuperação dos preços de petróleo", disse Craig Erlam, analista sênior da Oanda. "Ainda assim, poderemos ver alguma realização de lucros ao primeiro sinal de fraqueza, o que é compreensível dado o período negativo em que vivemos", comentou.

A queda das bolsas asiáticas no último pregão da semana deu o tom na Europa, que também continuou se ressentindo da interrupção do rali do petróleo. Os preços da commodity passaram a cair ontem após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano mostrar um novo avanço dos estoques dos EUA a níveis recordes. Nos Estados Unidos, as bolsas também iniciaram o dia em queda.

As ações das empresas de energia foram destaque negativo nesta sexta. A britânica Shell teve queda de 1,64%, enquanto a francesa Technip e a italiana Eni recuaram, respectivamente, 3,36% e 0,42%.

Outro fator que aprofundou a aversão ao risco foi a divulgação do índice de confiança do consumidor da zona do euro, que caiu a -8,8 na leitura preliminar de fevereiro, o nível mais fraco desde dezembro de 2014.

Em Paris, o índice CAC-40 encerrou aos 4.223,04 pontos, queda de 0,39% no dia e alta de 5,71% na semana. O resultado desta sexta foi afetado por ações de energia e também dos bancos. BNP Paribas recuou 1,10%, enquanto Société Générale cedeu 1,52%. Já em Londres, o FTSE-100 fechou aos 5.950,23 pontos, queda de 0,36% no pregão e alta de 4,25% na semana, a maior alta semanal desde outubro. Apesar do recuo, o papéis de produtoras de ouro subiram em linha com a do metal dourado. Fresnillo avançou 3,59%, enquanto Randgold subiu 2,50%.

Em Frankfurt, o DAX encerrou em 9.388,05 pontos, queda de 0,80% no dia e alta de 4,69% na semana. As ações da E.ON lideram as quedas, com recuo de 4,50%, enquanto a Volkswagen perdeu 3,22%. Já em Milão, o FTSE-Mib cedeu 1,19%, aos 16.909,56 pontos, afetado pelo desempenho de bancos como a Banca Popolare dell'Emilia Romagna (-5,98%) e do Unicredit (-3,44%). Na semana, a bolsa italiana acumulou ganho de 3,45%.

Em Madri, o Ibex-35 encerrou aos 8.194,20 pontos, queda de 1,22% no dia e 3,46% na semana. Já em Lisboa, o PSI-20 fechou aos 4 706,24 pontos, queda de 0,90% no dia e alta de 3,78% na semana. 

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