Miséria

Programa de erradicação da miséria terá microcrédito

Ideia é dar mais visibilidade e estender para outras regiões do País

RAFAEL CARVALHEIRA
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RAFAEL CARVALHEIRA
Publicado em 25/05/2011 às 20:50
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
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O programa de microcrédito produtivo orientado será uma das ferramentas do programa "Brasil sem Miséria", que a presidente Dilma Rousseff deverá lançar em junho. A informação foi prestada pelo Prêmio Nobel da Paz de 2006, Muhammad Yunus, que foi condecorado justamente por ter criado, em Bangladesh, o sistema do microcrédito.

Ele esteve reunido hoje com Dilma no Palácio do Planalto. Na conversa, ainda segundo Muhammad Yunus, a presidente Dilma falou que estava "insatisfeita" com a alta taxa de juros do crédito no Brasil e "preocupada" com o consumo acelerado.

O vice-presidente do Banco do Brasil, Robson Rocha, que acompanhou a audiência, disse que a presidente Dilma "tem convidado os bancos públicos para participar do programa de microcrédito produtivo orientado, ou seja, utilizar o microcrédito como uma das ferramentas de erradicação da extrema miséria do país".

A presidente Dilma, prosseguiu, quer "estabelecer uma parceria com o professor Yunus para disseminar o microcrédito e, assim, contribuir para a erradicação da miséria no País". Ele acrescentou que "o microcrédito que existe hoje é de consumo, sem orientação para o tomador do crédito.

Rocha lembrou que já existe uma linha de microcrédito oferecido pelo Banco do Nordeste. A ideia é "ampliar, dar mais visibilidade e estender para outras regiões do País". No microcrédito produtivo orientado, prosseguiu Rocha, os tomadores deverão ter uma orientação para que utilizem esse crédito na geração de renda. Os bancos públicos serão os primeiros a participar, mas o governo quer contar também com os bancos privados.

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