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Banco eleva projeção do saldo comercial para US$ 29 bi

Na avaliação do economista, o desempenho das exportações e das importações verificado nas últimas duas semanas de outubro contribuiu para o crescimento do superávit comercial mensal

Agência Estado
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Publicado em 01/11/2011 às 13:47
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O resultado positivo da balança comercial em outubro, acima do esperado, fez o economista-chefe do Banco Votorantim, Leonardo Sapienza, elevar sua projeção deste ano. Embora acredite que o saldo comercial possa desacelerar nos próximos meses, ele ajustou sua estimativa de US$ 27 bilhões para algo em torno de US$ 29 bilhões em 2011 após os dados divulgados nesta terça-feira (1°) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). "É um número bem importante. Por essa surpresa que tivemos, alteramos nossa projeção", disse.

De acordo com o MDIC, no mês passado o saldo comercial cresceu 28,9% em relação a outubro de 2010 e atingiu US$ 2,355 bilhões. O resultado ficou acima do previsto pelas instituições do mercado financeiro consultadas pelo AE Projeções, que iam de superávit de US$ 600 milhões a US$ 1,7 bilhão. O Banco Votorantim previa exatamente a mediana encontrada no levantamento, que era saldo de US$ 1 bilhão.

Na avaliação do economista, o desempenho das exportações e das importações verificado nas últimas duas semanas de outubro contribuiu para o crescimento do superávit comercial mensal. "Nessas semanas, o saldo foi expressivo, de quase US$ 1,8 bilhão", disse.

Segundo o MDIC, na quarta semana de outubro (24 a 30), com cinco dias úteis, o superávit semanal ficou em US$ 1,336 bilhão. Já na última semana do mês, com apenas um dia útil, o saldo foi de US$ 447 milhões.

Sapienza ressaltou que o Brasil vem se beneficiando dos preços das commodities desde o fim do ano passado, que têm favorecido os termos de troca. Segundo cálculos do economista, os preços médios das matérias-primas avançaram quase 27% de janeiro a agosto em relação ao mesmo período de 2010. Enquanto isso, os preços dos produtos importados subiram um pouco menos, em torno de 15%, segundo ele.

"O valor das exportações está crescendo mais do que o as importações devido ao movimento de preço muito mais elevado do que o quantum, o volume exportado e importado", explicou.

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