QUEDA

Venda de material de construção cai pela 1ª vez no ano

Nas categorias pesquisadas, cimento teve a maior redução nas vendas, com 7,3%. Metais e argamassas também apresentaram forte baixa, ambos com recuo de 6%

Agência Estado
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Publicado em 01/11/2011 às 13:44
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As vendas do varejo de materiais de construção caíram 7% em outubro ante o mês anterior, segundo pesquisa mensal realizada pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), em parceria com o Ibope. O resultado marca a primeira queda mensal do ano. Em nota, o presidente da Anamaco Cláudio Conz, afirma que o desempenho de outubro surpreendeu a todos no mercado, pois geralmente este é um dos melhores meses para o varejo do setor.

Diante do atual cenário, a entidade voltou a reduzir a projeção de crescimento nas vendas de 2011, para 5%. Em setembro, a estimativa havia sido elevada em um ponto porcentual, para 6%. Ao mesmo tempo, a Anamaco manteve a expectativa de recuperação em novembro, tradicionalmente o segundo melhor mês do ano.

Segundo Conz, em outubro de 2010 também foi apurada uma queda considerável nas vendas, portanto nesse comparativo o desempenho foi estável. Nas categorias pesquisadas, cimento teve a maior redução nas vendas, com 7,3%. Metais e argamassas também apresentaram forte baixa, ambos com recuo de 6%.

De acordo com o executivo, um dos principais responsáveis pelo baixo desempenho registrado no período foi a greve no sistema bancário. Isso porque 50% das vendas no setor são realizadas à vista. O resultado do mês inverte todas as tendências dos últimos 12 meses.

Acumulado em 12 meses

No acumulado dos últimos doze meses o segmento do varejo de material de construção cresceu 4,5%, contra 9,5% registrados nos 12 meses anteriores. Em 2011, o setor apresenta crescimento de 4%. Na opinião de Conz, a indústria terá de trabalhar bastante para inverter a tendência, mas a chegada do 13º salário e consequentemente a maior demanda gerada pela proximidade do final do ano devem movimentar o setor. No ano passado, o varejo de material de construção registrou faturamento recorde de R$ 49 80 bilhões, com expansão de 10,6%.

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