O diretor financeiro e de relações com investidores da Eletrobras, Armando Casado, descartou na sexta-feira (30) a possibilidade de haver demissões em massa na companhia, diante do ajuste de receitas resultante do processo de renovação das concessões. "Demissões diretas estão totalmente afastadas nesse momento. Já temos programas de demissão voluntária definidos em Furnas e Eletronorte, e faremos onde houver necessidade. Mas em hipótese alguma haverá demissão em massa", completou.
Questionado sobre a possibilidade de venda de ativos, Casado admitiu que a Eletrobras pode rever "suas estruturas e das distribuidoras" controladas pela estatal. "Trata-se de um processo muito mais forte, que é melhoria de processos empresariais. Temos condições de trabalhar com mais economia interna, com ganho de escala e de tecnologia da informação", acrescentou o executivo.
Ainda assim, Casado avaliou as últimas medidas do governo - que reconheceu os ativos de transmissão anteriores a 2000 e vai compensar os investimentos feitos na geração durante os contratos antigos - reforçaram a decisão da Eletrobras em renovar as concessões. "A Medida Provisória e o decreto ratificam a nossa decisão", concluiu.