Avaliação

IBGE: renda familiar menor leva mais pessoas a buscar emprego

No mês passado, a população desocupada, que está procurando emprego, mas não consegue, chegou a 1,8 milhão de pessoas, 662 mil a mais do que em julho do ano passado

Da ABr
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Publicado em 20/08/2015 às 17:48
Foto: Camila Domingues / Palácio Piratini
No mês passado, a população desocupada, que está procurando emprego, mas não consegue, chegou a 1,8 milhão de pessoas, 662 mil a mais do que em julho do ano passado - FOTO: Foto: Camila Domingues / Palácio Piratini
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A renda familiar menor levou maior número de pessoas a buscar emprego em julho, segundo avaliação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego de 7,5% registrada em julho deste ano é a mais alta para o mês desde 2009. No mês passado, a população desocupada, que está procurando emprego, mas não consegue, chegou a 1,8 milhão de pessoas, 662 mil a mais do que em julho do ano passado, um aumento de 56%.

O crescimento da população desocupada está mais relacionado à pressão exercida por jovens com idade entre 18 e 24 anos, explica a pesquisadora Adriana Beringuy. Segundo Adriana, no ano passado, os jovens “tinham uma participação importante na população não economicamente ativa, ou seja, [pessoas] que não estão trabalhando, nem tomando providência para conseguir trabalho”. Agora, em 2015, essas pessoas passaram a procurar trabalho e a fazer parte da população desocupada, explicou Adriana.

De acordo com a pesquisadora, o movimento dessa faixa da população em busca de emprego pode estar associado à queda da renda dos trabalhadores do país. “A redução da renda do trabalho pode trazer impacto na renda do domicílio como um todo. Se a renda do domicílio cai, começa a haver necessidade de as pessoas, que antes não faziam parte da composição do rendimento [do domicílio], procurem trabalho para suprir a necessidade de manutenção do rendimento que vem diminuindo nos últimos meses”, disse.

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