O Japão decidiu seguir adiante na disputa comercial com o Brasil diante de políticas de incentivo à produção nacional. O foco dos japoneses é o programa Inovar-auto, que exige etapas de produção no Brasil para abatimento de imposto cobrado das empresas.
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Nesta sexta-feira (18), após receber explicações do governo brasileiro, o país asiático pediu a intervenção de autoridades da OMC (Organização Mundial do Comércio). A política de incentivos fiscais já é alvo de questionamento de outros países, como os que compõem a União Europeia.
O governo sempre alegou que as medidas têm o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável e tecnológico do país. Em nota, o Itamaraty lamentou a decisão dos japoneses e ponderou que os mecanismos adotados pelo Brasil são "legítimos".
"O Brasil lamenta a decisão do Japão de seguir adiante com o contencioso na etapa de painel, apesar dos esclarecimentos fornecidos nas consultas sobre os objetivos legítimos e sobre o funcionamento das medidas questionadas", disse o ministério em nota.
A pasta disse esperar que a OMC reconheça que as ações adotadas pelo Brasil "não têm efeitos discriminatórios" e legítimos, "ao contrário do que alega o Japão".