O Tesouro Direto registrou, em setembro, o segundo mês seguido de resgate líquido, ou seja, mais recompras de títulos do que emissões. De acordo com o balanço divulgado nesta sexta-feira (20), em setembro, as vendas do Tesouro Direto atingiram R$ 1,358 bilhão, enquanto os resgates chegaram a R$ 1,845 bilhão. Como resultado, o resgate líquido ficou em R$ 486,6 milhões.
O acréscimo no número de investidores que efetivamente têm aplicações foi de 10.390. Com isso, o número de investidores ativos atingiu o recorde de 541.851. O acréscimo mensal de investidores cadastrados foi de 60.278, totalizando recorde de 1.662.449 participantes inscritos, o que representa aumento de 70,7% nos últimos 12 meses.
As aplicações de até R$ 1 mil representaram 56% dos investimentos realizados, com aumento de 27,4% em relação a setembro de 2016. O título mais demandado pelos investidores foi o indexado à taxa Selic (Tesouro Selic), cuja participação no volume total de investimentos atingiu 54,2%, no valor de R$ 735,9 milhões.
Em relação ao prazo, 18,3% dos investimentos foram feitos em títulos com vencimentos acima de 10 anos. As aplicações em títulos com prazo entre cinco e 10 anos representaram 78,3% do total e as com prazo entre um e cinco anos, 3,4%.
O estoque do Tesouro Direto fechou o mês de setembro em R$ 47,6 bilhões, com redução de 0,1% em relação ao mês anterior (R$ 47,7 bilhões) e aumento de 30% sobre setembro de 2016 (R$ 36,6 bilhões).
Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume do estoque, alcançando R$ 29,2 bilhões (61,2% do total). Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 22,2%, e os prefixados, com 16,6%.
A maior parte do saldo, 43,6%, é composta por títulos com vencimento entre um e cinco anos. Os títulos com prazo entre cinco e 10 anos correspondem a 34,6% do total, e os com vencimento acima de 10 anos, a 17,6%. A parcela com vencimento em até um ano (4,3%) é a menor desde dezembro de 2015.