
A atuação das Forças Armadas pretende ser de maneira 'rápida e enérgica', segundo afirmou o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna. O posicionamento foi dito logo após o Governo Federal autorizar, na tarde desta sexta-feira (25), o uso de forças federias de segurança para liberar as rodovias bloqueadas por caminhoneiros pelo quinto dia seguido no Brasil.
"Estávamos em reunião planejando as operações que serão desencadeadas em seguida. Tão logo o presidente assine o decreto autorizando o emprego das forças, as forças serão empregadas. Uma ação rápida, integrada e de forma enérgica como deve ser o emprego de forças", afirmou o ministro.
A ORDEM DO PRESIDENTE
"Quero anunciar um plano de segurança imediato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fiquem sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e crianças fiquem sem escolas. Quem bloqueia estradas de maneira radical será responsabilizado. O governo teve a coragem de dialogar, agora terá coragem de usar sua autoridade em defesa do povo brasileiro."
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A VOZ DOS CAMINHONEIROS
"Ninguém vai conseguir tirar o caminhoneiro. Vai correr sangue nisso aí". Foi assim que o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, se posicionou classificando como 'tardio' o pronunciamento do presidente Michel Temer. "Essa foi uma reação tardia e acontece cinco dias após o início do movimento. A situação não precisaria do uso da força para ser resolvida", disse.
Considerado um dos porta-vozes informais entre os caminhoneiros, Rodrigo Teixeira também se declarou contra a decisão do governo e frisou que não abrirá mão do seu espaço. "Estamos decididos a ficar. Se apanharmos, será por causa justa. Vai ter que ter sangue para preservarmos nossos direitos", afirmou.