REAJUSTE

Biscoitos e massas mais caros

M.Dias Branco, que controla marcas como Vitarella e Pilar, aplicará novos aumentos sobre os itens produzidos pela empresa

Do Jornal do Commercio
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Publicado em 27/07/2011 às 7:28
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Líder nos mercados de biscoitos e de massas no Brasil, a M. Dias Branco vai conceder novos reajustes nos seus produtos ao longo do ano. Essas informações constam no balanço divulgado pela companhia, que engloba o segundo trimestre e o primeiro semestre de 2011. Segundo os dados expostos, no comparativo de abril a junho de 2011 com o mesmo período de 2010, a já empresa elevou em 13,9% o preço médio dos seus produtos. Farinha e farelo lideram com 24,3%, seguidos por margarinas e gorduras (13%), biscoitos (7,8%) e massas (6,2%).

Com esse movimento, é bem provável que o setor em geral acompanhe tendo em vista que as marcas controladas por essa empresa, como Vitarella e Pilar, entre outras, detém 24,3% do mercado.

A justificativa para tal prática está balizada no aumento do custo da matéria-prima e na recuperação dos recursos investidos na aquisição da Pilar, em abril passado. Todavia, os reajustes não foram suficientes para recompor as margens, meta que a M. Dias Branco buscará nos próximos meses com aplicação de outros aumentos. Inclusive, uma nova rodada de reajustes já foi operada em junho passado. No setor de biscoitos, carro-chefe da companhia, o preço médio passou de R$ 3,46/kg para R$ 3,73/kg na comparação entre o primeiro semestre de 2011 e 2010, computando um acréscimo de 7,8%. Segundo a empresa, devido à necessidade de recuperar margens e do aumento no preço médio do trigo. No caso das massas, sob o mesmo argumento dos biscoitos, o preço médio líquido passou de R$ 2,11/kg para R$ 2,24/kg, apresentando uma elevação de 6,2% entre o segundo trimestre deste e do ano anterior.

Embora não tenha conseguido recompor suas margens, a M. Dias Branco registrou aumentos na receita e no lucro líquido. A primeira apresentou um incremento de 18,5% no primeiro semestre de 2011 em relação a 2010 (passando de R$ 1.156,0 milhões para R$ 1.369,5 milhões). Neste mesmo período, o lucro cresceu 9,1%. As vendas também tiveram uma curva ascendente (já contando com a compra da Pilar, cuja transação ampliou a capacidade de produção da companhia em 7,4% no semestre). O volume de vendas dos biscoitos cresceu 9% na comparação entre os primeiros semestres (2011 e 2010) e 11,4% no confronto entre o segundo trimestre deste e do ano passado. Efeito verificado principalmente nas marcas Vitarella, Richester e Fortaleza, nos Estados do Ceará, Pernambuco, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro. No caso das massas, o aumento foi de 15% no intervalo de abril a junho passado e 8,5% no acumulado dos primeiros seis meses de 2011 em comparação com o mesmo intervalo de 2010.

Na receita operacional bruta da companhia, com bases nos dados do segundo trimestre deste ano, os biscoitos representam um total de 55,2%, seguidos por massas (21,4%), farinha e farelo (19,2%) e margarinas e gorduras (3,8%).

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