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Marcas de eletrodomésticos se reinventam para manter clientes e aumentar vendas

Empresas anunciam novidades durante 10ª edição da feira Eletrolar Show, em São Paulo. Produtos de maior eficiência energética são uma das apostas.

Da editoria de economia
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Publicado em 21/07/2015 às 9:10
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Diante do resultado fraco, a estratégia, segundo os fabricantes, é investir em produtos de maior eficiência energética e de água, linhas premium (que resistem mais fortemente à crise) e eletroportáteis, que, por serem mais baratos, aumentam o potencial de vendas. Além disso, têm crescido os investimentos na relação com os clientes e no fortalecimento das marcas.

A gerente de marketing da Arno, Sophie Lejard, comenta que as apostas para o segundo semestre são ventilação, cafeteira e batedeira. “É um período que faz calor, então precisa-se de ventilador. E, na crise, pode haver uma migração do ar-condicionado para o ventilador”. Cafeteira e batedeira têm sido produtos mais procurados, acrescenta, porque o consumidor tem ficado mais em casa, mas não quer abrir mão de um bom café ou bolo, por exemplo.

A Mallory, lançando 38 produtos durante a Eletrolar Show, está investindo também em linhas de licença exclusiva, como sanduicheira e pipoqueira da Disney. Com o objetivo de agregar valor e deixar de ser vista como marca de primeiro preço, a fabricante montou em 2012 um plano de reorganização de US$ 30 milhões (R$ 96 milhões). Foi o que ajudou, segundo o diretor, Mauro Vega, a imprimir o crescimento de 20% entre 2013 e 2014 e será essencial para alcançar crescimento de dois dígitos 2015.

Já a Samsung está apostando na eficiência e nas linhas premium (voltados para as classes A e B+), apresentando no evento, por exemplo, lava e seca e refrigerador high tech. Além do trabalho para agilizar os lançamentos no Brasil depois que os produtos são lançados na Europa, Ásia e Estados Unidos. “O mercado de eficiência cresce no Brasil”, enfatiza o diretor de Digital Appliance da Samsung Brasil, Adelson Coelho.

Segundo ele, um ar-condicionado inverter, por exemplo, pode ficar entre 30% e 40% mais caro que um comum, mas que rende economia de energia e água e a diferença de preço retorna em seis meses. Forte em TV e smartphone, “o momento da Samsung no Brasil é de crescimento em linha branca”, reforça Coelho.

A Maxprint, tradicional no segmento de escritório e tecnologia, resolveu investir R$ 10 milhões num reposicionamento da marca, unificando o portfólio (Maxprint, Dazz e Gothan) sob a marca Maxprint. Também quer chegar mais perto dos clientes e varejistas, aumentando a equipe comercial para potencializar a capilaridade da empresa e melhorar o atendimento ao cliente final e também ao varejo. 

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