A nova cara do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro

Terminal aéreo internacional de passageiros receberá investimentos de R$ 5,2 bilhões
Robson Gomes
Publicado em 08/01/2018 às 12:40
Terminal aéreo internacional de passageiros receberá investimentos de R$ 5,2 bilhões Foto: Foto: Elisa Mendes/Divulgação


RIO DE JANEIRO – O que faz um passageiro escolher um aeroporto em especial? A experiência que ele tem antes, durante e depois da decolagem, sem dúvidas. E o Aeroporto Internacional Tom Jobim, localizado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, tem vivido uma fase de avanços no empreendimento a partir da administração e operação da concessionária RIOgaleão, formada por duas empresas, que gerencia o espaço desde agosto de 2014.

O RIOgaleão é composto pela Changi Airports International e Infraero. A partir de um contrato de concessão de 25 anos, a empresa pretende, até o fim desse período, investir R$ 5,2 bilhões no aeroporto – destes, cerca de R$ 2 bilhões foram investidos até as Olimpíadas, considerado a grande “prova de fogo” da potência (e eficiência) do empreendimento. Com a ambição de transformar o Galeão em uma “icônica porta de entrada para a América Latina”, os primeiros passos já foram dados e são visíveis diante dos passageiros, que antes não viam o terminal carioca com bons olhos.

“É preciso mudar essa percepção antiga que as pessoas têm do Galeão. Se você se conectava por aqui há quatro, cinco anos atrás, você só encontrava pão de queijo, cafezinho e água. Tudo muito caro e sem ar-condicionado”, relembra Patrick Fehring, Diretor de Desenvolvimento Estratégico e Cargas da RIOgaleão. Com os investimentos da concessionária, o aeroporto ganhou o novo Píer Sul – onde se concentram as viagens internacionais – a reforma e ampliação do Edifício Garagem e um moderno Centro de Operações. Para os passageiros, as reformas trouxeram novos elevadores, balcões de check-in, escadas e esteiras rolantes, bem como a modernização dos sistemas elétricos, sonoros e de refrigeração.

Além disso, o RIOgaleão concentrou R$ 30 milhões desse montante na reforma e ampliação dos galpões de carga, focando na aquisição de câmaras frias, já que o Rio é a segunda maior entrada do País para produtos farmacêuticos e também o segundo maior fluxo de petróleo, representando de 15 a 18% da receita do aeroporto, de acordo com Fehring.

CONFORTO

Com cerca de 17 mil pessoas trabalhando dia-a-dia no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o terminal é posicionado como um hub de conexão (distribuição de voos para diversos destinos) e atende a uma malha aérea que abrange todas as regiões do país. A partir disso, a RIOgaleão tem concentrado seus esforços para trazer uma melhor experiência para os passageiros que vão circular pelo próprio Rio, pelo País ou pelo mundo.

“O Galeão, hoje no Brasil, sem dúvidas, é o mais completo que existe no País. Grandes aeroportos como Brasília, Guarulhos, muitas vezes você precisa desembarcar de ônibus. Quando você vem ao Galeão, você sente a diferença. A conexão é mais rápida, num aeroporto muito bem mantido, com diferenciais como a Sala Vip”, afirma Carlos Rodriguez, diretor da Plaza Premium Group, que possui três lounges Vip no RIOgaleão (um no embarque doméstico, outro no embarque internacional, além do piso 2 do Edifício Garagem, este último de acesso comum a todos), um hotel de trânsito (Aerotel) e um SPA (Wellness) com serviços estéticos, de massagem e com fins medicinais.

A empresa é oriunda de Hong Kong e é líder e pioneira no segmento de serviços exclusivos de hospitalidade em aeroportos internacionais. O passageiro que quiser usar os serviços da PPL não necessita estar ligado a nenhum cartão de crédito especial ou estar viajando em classe executiva. Além delas, o RIOgaleão possui mais quatro salas vip, disponíveis em 6 mil m², administradas pelas empresas aéreas GOL (que tem duas, uma no embarque doméstico, outra no internacional), American Airlines e rede Star Alliance (ambas no embarque internacional).

EXPANSÃO

O Galeão é hub da GOL Linhas Aéreas, que detém o maior número de aeronaves e voos do espaço. Além disso, é considerado o aeroporto mais pontual na categoria entre 10 e 20 milhões de passageiros da América Latina. Com isso, há uma preocupação em oferecer aos passageiros maiores opções de deslocamento, principalmente nos embarques internacionais.

No final de 2017, a American Airlines adicionou mais um voo diário para Miami e Dallas, nos EUA, três vezes por semana conectando com Los Angeles e Las Vegas. A novata Sky, do Chile, trouxe o voo Rio-Santiago (Chile) três vezes por semana. Em janeiro, a Latam levará passageiros em voos diários para Montevidéu (Uruguai); e GOL planeja voos diários com destino à Rosário (Argentina).

A longo prazo, a Aerolíneas Argentinas opera, em julho, um voo semanal para Rosário (Argentina) e dois voos semanais para Córdoba (Argentina). E a GOL, trará viagens para Mendoza (Argentina) duas vezes por semana.

A demanda por destinos nacionais também cresceu e o RIOgaleão traz maior conectividade com cidades brasileiras, principalmente nas regiões do Nordeste e do Sul. Para esta alta temporada, por exemplo, a demanda para o Recife apresenta um destaque: a Azul começou a operar 14 novas frequências semanais para a capital pernambucana. Hoje, o aeroporto conta com 52 frequências por semana para Fortaleza, 61 para Recife, 73 para Salvador, 38 para Curitiba e 61 para Porto Alegre.

*O repórter viajou a convite da RIOgaleão.

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