Dentro de um processo de transformação digital, o grupo Ser Educacional lança nesta terça (14) o Overdrives, um centro de inovação que funcionará como ponto de conexão entre academia, mercado e startups. O investimento é de R$ 6 milhões para o primeiro ano de funcionamento. O centro tem capacidade de abrigar até 40 empresas e tem o objetivo de identificar oportunidades de negócios em áreas como educação, saúde, logística, construção civil e finanças.
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“Vamos oferecer infraestrutura, metodologia especializada, conexões com o mercado. Também queremos atrair possibilidades de investimentos para que as startups cresçam de forma sustentável. Nosso foco é que as empresas daqui tenham sinergia com as demandas do mercado”, explica o head do Overdrives, Luiz Fernando Gomes.
Para dar viabilidade ao projeto, foram criados três programas de investimento. Um deles é o de residência, em que as startups vão passar por processo seletivo para usufruir do espaço de trabalho com 160 pontos de coworking, salas de reunião e auditório com 80 lugares. Segundo Gomes, já existem 20 empresas interessadas em utilizar o ambiente de trabalho. O edital será lançado hoje, por meio do site do centro de inovação.
Outro braço do centro é a aceleração. A cada seis meses, seis empresas vão receber investimentos e programa de mentoria com especialistas para entrar no mercado de forma mais rápida. O grupo vai investir R$ 100 mil em troca de 10% da participação da startup. O edital para este programa será lançado na próxima segunda-feira. A expectativa é que a primeira turma de acelerados seja formada em outubro deste ano. A expectativa é de atrair aceleradoras de fora do Brasil e fundos de investimentos para coinvestir com o Ser Educacional neste processo. Inicialmente, o Overdrives vai contar com o apoio da Accenture, que vai prover conteúdo para os empreendedores e atuar como um ponto de conexão com o mercado.
O centro também vai trazer as empresas para dentro das universidades por meio do programa Solvers. Estudantes de graduação, junto a professores e profissionais especializados, vão poder solucionar problemas de empresas para poder ter experiência prática. O processo de imersão dura quatro meses. A ideia é, de acordo com a demanda e o amadurecimento do projeto, replicar o solvers em unidades de ensino do grupo Ser Educacional em outros Estados.
ESTRATÉGIA
Outra gigante do segmento de educação, a Kroton, também busca se aproximar de startups. A companhia terá um andar no Cubo, espaço de inovação mantido pelo Itaú e pelo fundo Redpoint EVentures, que inaugura nova sede neste mês.