Infraestrutura

MP questiona modelo de negócios da Arena da Copa

Para Ministério Público estadual e federal, risco é todo de Pernambuco. Governo nega desequilíbrio

Giovanni Sandes
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Giovanni Sandes
Publicado em 28/04/2011 às 8:00
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A Arena Pernambuco, o estádio em São Lourenço da Mata que abrigará os jogos da Copa 2014 no Estado, voltou a ser polêmica. O projeto, já em obras, é alvo de uma série de questionamentos de uma equipe conjunta do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Ministério Público Federal (MPF), com o aval do Tribunal de Contas da União (TCU). O grupo aponta como um grande "ponto crítico" a transferência total dos riscos do negócio para o Estado e recomenda um aditivo ao contrato de 33 anos. O governo de Pernambuco nega o desequilíbrio e qualquer irregularidade.

Um dos efeitos da discussão é que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu a recomendação de suspender qualquer repasse do financiamento de R$ 280 milhões ao estádio, que custará R$ 532 milhões. O BNDES, porém, até agora não repassou qualquer recursos para a obra, que tem sido tocada com recursos próprios do Consórcio Arena Pernambuco, encabeçado pela Odebrecht.

Um primeiro relatório foi analisado pelo TCU e virou um acórdão publicado no último dia 13, aprovando a recomendação a Pernambuco pelo aditivo. No dia 14, a Recomendação Conjunta nº 12/2011 foi publicada pelo MPPE e o MPF. O governo respondeu a todos os questionamentos na última segunda-feira. A bola agora está com a equipe do Ministério Público estadual e do federal.

Leia a cobertura completa na edição desta quinta (28) do Jornal do Commercio.

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