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Cliente de celular sofre em Olinda

Parte do município não tem cobertura das operadoras e consumidor ficam sem se comunicar

Leonardo Spinelli
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Leonardo Spinelli
Publicado em 01/11/2011 às 15:34
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Os clientes da região da Cidade Alta em Olinda estão na bronca com as operadoras de celular. Muitos deles encontram dificuldades para fazer e receber chamadas ou realizá-las com o mínimo de qualidade, sem que o sinal seja interrompido. O problema também atinge a conexão dos modems, já que em alguns locais eles são o único meio de conexão com a internet. Muitas casas antigas não dispõem de estrutura para receber conexão fixa. Enquanto os clientes reclamam, as operadoras culpam a Prefeitura de Olinda, que não permite mais a instalação de antenas no sítio histórico.

A Secretaria de Imprensa do município foi procurada, mas não respondeu ao jornal para se defender.
“Faz mais de mês que o sinal da TIM está ruim, constantemente dá fora de área ou ocupado. Acredito que isso aconteceu depois que mandaram tirar a antena da operadora da caixa d’água da Sé para dar lugar ao mirante. O ruim disso é que a gente perde cliente”, lamenta o taxista Severino Santos, que faz ponto em frente ao Mercado Eufrásio Barbosa. “Mas eu tenho a alternativa da Oi, meu celular é dualchip”, comenta. O Mirante da Sé foi inaugurado há cerca de 10 dias.

A operadora Oi, no entanto, está longe de ser unanimidade no sítio histórico. “A Oi é péssima aqui na Cidade Alta. A gente tem de ficar girando para achar o sinal. Na Rua 13 de maio, ninguém consegue ligar. Sinal bom aqui é o da Vivo”, atesta a vigilante do Museu de Arte Contemporânea, Áurea da Silva. A poucos metros deste endereço, na Rua de São Bento, a opinião é totalmente diversa. “Terminei jogando meu chip da Vivo fora. Não serve pra mim. Não pega aqui em casa”, diz o artesão Enoque da Silva, que também reclama da TIM. “O notebook não funciona e tudo isso aconteceu depois que tiraram a antena”, comenta. “A gente, como consumidor, se sente lesado, pois não tem o serviço na hora que mais precisa.”

O segurança do recém-inaugurado Mirante de Olinda, Sthefanno Silva, acredita que o problema das operadoras está restrito ao município de Olinda. “Aqui no Alto da Sé eu tenho muitas dificuldades de realizar chamada com a Oi. Na região onde moro, em Ouro Preto, também é difícil realizar chamada. Quando vou para o Recife não tenho problemas. Às vezes dá vontade de sair da operadora, mas todo mundo que eu conheço é da Oi, então a gente fica preso, pois ligação de mesma rede é mais barata.”

A Vivo e a Oi não reconhecem as críticas dos usuários. Em nota, a Oi diz que a “cobertura do serviço está funcionando normalmente” e a Vivo diz que sua equipe de engenharia vai analisar as antenas que atendem os moradores do município.

A TIM é a única a reconhecer o problema, mas destaca que a questão está além de seu alcance. Segundo a operadora, a empresa está impossibilitada de “reinstalar sua antena no Alto da Sé de Olinda, retirada em agosto deste ano pela Prefeitura do Município, em razão da existência da Lei Municipal 5.321/2002 – que veta a instalação de antenas no Sítio Histórico”.


Segundo a TIM, “desde o ano 2008 a operadora vem negociando a melhor solução para a readequação da sua antena – instalada no local antes da edição da lei – de forma a preservar a cidade patrimônio e manter a qualidade dos serviços prestados à população.”

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