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Servidor impulsiona crédito do Bradesco

Operação local cresceu 20,9% contra 17,6% da média nacional do banco

Da editoria de economia
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Publicado em 31/03/2012 às 7:09
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Em grande parte pelo fato de ter conquistado o direito de ser o banco responsável pela folha de pagamento do Estado de Pernambuco, o Bradesco aumentou a sua carteira de crédito local em 20,9% ao longo de 2011. O resultado chegou a ser melhor do que o nacional (17,6%). Em 2011, o banco desembolsou R$ 700 milhões para ter direito a folha de pagamento dos 210 mil servidores e, como consequência, oferecer serviços a sua nova carteira de clientes.


O banco criou pacotes especiais para o servidor público estadual, inclusive no crédito voltado para a compra da casa própria. Enquanto um mutuário normal paga juros de 8,9% ao ano mais Taxa Referencial (TR) no crédito imobiliário, para um imóvel que custe até R$ 170 mil, o servidor público tem uma taxa de 8,66% ao ano mais TR. No caso de imóveis com preços entre R$ 170 mil e R$ 500 mil, a tarifa normal é de 10% ao ano mais TR. Para o funcionário público do Estado, ela cai para 9% ao ano mais a TR.


Inicialmente, a diferença pode parecer pouca, mas vale lembrar que os financiamentos habitacionais são longos e chegam a 30 anos. Somando esse desconto no longo prazo, a economia é considerável. “Também temos condições especiais para os servidores para outros tipos de crédito como o consórcio, o financiamento de automóveis e o crédito pessoal. Criamos vários pacotes especiais para esse tipo de cliente”, explica o diretor de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, José Ramos Rocha Neto.


O Bradesco tem como foco o financiamento de imóveis que custem mais de R$ 170 mil. Segundo Rocha Neto, o mercado de imóveis mais populares é dominado pela Caixa Econômica Federal (CEF) e os bancos privados se interessam mais pelos clientes das classes média e alta.


Ele garante que o Bradesco implantou uma série de medidas nos últimos anos para facilitar a compra da casa própria para seus clientes. Isso resultou na diminuição do tempo de liberação de um financiamento. “Há três anos, a média era de 60 dias. Hoje baixamos essa média para apenas 15 dias”, calcula. O principal entrave para a liberação do crédito, segundo Rocha Neto, ocorre quando a documentação do imóvel está irregular.


Outro avanço alcançado pelo banco foi a descentralização do serviço de análise do crédito imobiliário. Há alguns anos, a documentação do mutuário do Recife que queria fechar um financiamento com o banco era enviada para uma central em São Paulo para ser analisada. Só depois voltava para o Recife para que o contrato fosse assinado. Essa burocracia aumentava o período de análise. Atualmente, toda a avaliação é feita em uma central instalada no Recife.

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