Mesmo com a missão de representar a presidente Dilma Rousseff, considerada a madrinha da retomada da indústria naval, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Fostes, preferiu se manter discreta e não discursar durante a entrega do navio João Cândido. Entre os que discursaram estão o governador do Estado, Eduardo Campos; o presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha; o secretário de Planejamento do Estado, Geraldo Júlio; o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
Durante do evento, alguns dos que se pronunciaram aproveitaram o momento para amenizar os problemas vividos pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS) ao longo dos quatro anos de construção do petroleiro João Cândido. Foram greves e protesto, críticas sobre a mão de obra e problemas técnicos na execução do navio que terminaram externando os problemas de se recriar uma indústria e incluir uma região sem experiência no setor, como é o caso do Nordeste.
O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, usou o discurso para elogiar o trabalho realizado. “Pernambuco provou que sabe fazer navios. A Coreia (referência na produção da indústria naval) levou 30 anos para ser o que é”, destacou. O navio fará parte da frota da Transpetro a partir desta sexta-feira, quando deixa o porto de Suape. Já Geraldo Júlio, secretário de Planejamento do Estado, chegou a dizer que o navio no Complexo de Suape era “uma das imagens mais bonitas” que ela já viu.