Cruzes foram fincadas sobre sacos pretos na areia da Praia do Pina, na Zona Sul do Recife. Esse foi o ato realizado no início da manhã desta segunda-feira (28) pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Marreta-PE) lembrando o Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças relacionadas ao Trabalho.
A Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) realiza atividades sob o tema "A terceirização e os impactos na saúde dos trabalhadores". Nesta segunda, acontece um painel sobre "Trabalho Terceirizado e Sofrimento Mental" a partir das 9h e segue até as 17h. A instituição fica na Rua Djalma Farias, 126, Torreão, Zona Norte do Recife.
Foto: Divulgação/Marreta-PE
A presidente do Marreta-PE, Jucilene Morais, enfatizou que a data de hoje não pode passar em branco. "Nosso enfoque é nos acidentes que acontecem em obras da Copa do Mundo. Os realizadores da copa agem como se haver mortes em obras fosse normal. Isso é absurdo, não podemos deixar passar isso", disse a dirigente.
Ela mencionou as mortes ocorridas na preparação para a Copa da África do Sul, em 2010, e os mais de 18 acidentes fatais ocorridos ante o mundial do Brasil. "No Catar, eles já registraram casos de trabalhadores em situação de escravidão. Que copa é essa? A gente não pode considerar acidente e morte algo normal", criticou Jucilene.
