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Biscoitos da pernambucana Capricche chegam ao mercado

Marca é da GL Indústria, de Gerson Lucena, experiente empresário do setor

Do JC Online
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Publicado em 24/07/2014 às 5:15
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Marca é da GL Indústria, de Gerson Lucena, experiente empresário do setor - FOTO: Divulgação
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Dez milhões de pacotes de biscoito por mês vão sair dos fornos da Capricche para o consumidor nordestino. Essa é a capacidade de produção da nova fabricante de produtos alimentícios GL Indústria, que adotou a marca após muitas pesquisas. O novo negócio do experiente Gerson Lucena, ex-dono da Vitarella, marca a sua volta ao setor de origem, um investimento de R$ 143 milhões em Moreno. De lá sairão biscoitos do tipo cracker, maria, maizena, recheado, wafer e amanteigado. A produção, claro, não vai começar no topo da capacidade, de 3 mil toneladas por mês. Vai acompanhar a demanda dos consumidores, uma estratégia de crescimento devagar e firme, de quem já esteve no topo do mercado.

A start-up de grande porte chega ao mercado com uma bagagem de experiência não apenas do empresário à frente do negócio, conta Osvaldo Miranda, gerente administrativo da GL Indústria. Segundo ele, o time de executivos e gerentes foi montado com gente que conhece do setor. “Não estamos começando um negócio novo do zero”, afirma.

É por isso que Osvaldo prefere tratar de forma direta como será a chegada ao mercado, tendo em vista que a aceitação depende do varejo – de supermercados a mercadinhos – e principalmente do consumidor. “Nosso cronograma tem mais de mil linhas (prazos intermediários)”, afirma o gerente.

Somente para definir qual marca seria adotada, explica, a empresa levou um ano de pesquisas. A escolha partiu do consumidor. “O conceito de capricho é muito forte no pernambucano. O usa da própria palavra capricho também é”, comenta Miranda.

A localização da fábrica, em um terreno de 34 hectares às margens da BR-232, levou em consideração principalmente os possíveis traçados do Arco Metropolitano, um novo contorno do Grande Recife esperado para destravar a logística e a mobilidade urbana da região.

“O terreno está margeando literalmente uma das versões do Arco”, explica. A escolha terminou beneficiando Moreno, terceiro município mais pobre da região metropolitana, com a geração de 400 empregos diretos e 800 indiretos, quando a fábrica estiver em plena operação.

A cidade tem 28 mil habitantes. No processo seletivo para as vagas, segundo a GL Indústria, 2 mil pessoas se inscreveram para disputar um emprego, um número muito alto considerando a população local. Até agora já ocorreram as primeiras 80 contratações, número que chegará a 200 até o final do ano. A empresa direcionou as vagas para Moreno e cidades próximas, como Vitória de Santo Antão e Jaboatão dos Guararapes.

As obras começaram em julho passado. A área construída, de 24 mil metros quadrados, recebeu máquinas da Itália, França, Estados Unidos e também nacionais. Depois do investimento em equipamento importado, estudos de marca e montagem da logística de distribuição, com veículos próprios e terceirizados, chegou a hora de colocar o produto à prova.

E qual é o segmento dos biscoitos Capricche? Osvaldo diz que a empresa prefere não rotular a produção de premium ou popular. Quem decide, afirma, é o consumidor. A ideia é vender o produto por si mesmo, um convite ao cliente para comprar e testar o produto, para avaliar ele mesmo o nível de capricho da nova produção.

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