O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco (MPT-PE) solicitou a um dos advogados da W9! que a empresa priorize o pagamento dos 40 funcionários que trabalhavam na agência, ao invés de começar a pagar as comissões de formatura. A recomendação foi da procuradora do trabalho, Janine Miranda, após uma audiência na sede do órgão na tarde desta quarta-feira (15).
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A atitude da W9 em começar a efetuar primeiro o pagamento das comissões fere a lei, já que créditos trabalhistas têm prioridade sobre todos os demais, pela natureza alimentícia que possuem.
A procuradora recomendou que sejam suspensos qualquer pagamento a formandos e a fornecedores até que os trabalhadores recebam seus direitos trabalhistas. O pagamento da W9 aos formandos começou a ser efetuado após doação de familiares de um dos proprietários da empresa.
Uma nova audiência foi marcada para esta sexta-feira (17), às 14h30, no MPT, entre representantes da empresa e dos trabalhadores. Na ocasião, a empresa deverá apresentar o montante da dívida, tanto com trabalhadores como com os formandos.
Desde o dia 25 de setembro o MPT entrou com ação cautelar contra a W9, logo quando ficou ciente do problema envolvendo as comissões de formatura. O encerramento das atividades da empresa prejudicou, pelo menos, 70 comissões de formaturas. O calote nos universitários foi de cerca de R$ 10 milhões. A empresa encerrou as atividades no dia 22 de setembro e os formandos e funcionários foram informados do fechamento por e-mail.