Indústria

GE quer desenvolver fornecedores em Pernambuco

Presidente da companhia participou de evento no Estado

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 27/11/2014 às 10:20
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Pernambuco foi o primeiro Estado do Nordeste a receber um evento para desenvolvimento de fornecedores para a General Eletric (GE). A companhia realizou iniciativa semelhante em Minas Gerais e em São Paulo. No Recife, o encontro recebeu o nome de I Workout de Desenvolvimento de Fornecedores do Nordeste e contou com apoio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (Sdec). Setenta empresários compareceram ontem ao auditório do Centro de Artesanato de Pernambuco para conhecer as oportunidades de negócios apresentadas pela GE nos setores de petróleo e gás, energia eólica, logística e transporte ferroviário. 

A multinacional norte-americana quer garantir conteúdo nacional nos seus projetos e atender às exigências do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na concessão de financiamentos para setores de interesse da companhia. A GE compra cerca de US$ 4,9 bilhões por ano. Desse total, R$ 3 bilhões fica no mercado brasileiro e o restante é destinado a importação. 

“Esse tipo de fornecimento acaba tendo um efeito irradiador. Se desenvolvermos três fornecedores, por exemplo, esse número se multiplica na cadeia produtiva”, destaca o presidente da GE do Brasil, Gilberto Peralta, que esteve ontem no Recife para participar do evento. “A empresa que se qualifica para fornecer a GE está preparada para competir em âmbito global”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Márcio Stefanni.

O Workout conta com a participação de executivos de várias divisões de negócios da companhia: transportes rodoviários, energia eólica e materiais diversos, energia eólica e serviços de logística, óleo & gás, equipamentos para subestações, transmissão e distribuição. Participaram, ainda, representantes do BNDES e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). 
“Desenvolver fornecedor no setor eólico é de grande interesse para a GE. Temos uma fábrica de torres para aerogeradores na Bahia. Hoje, nosso índice de nacionalização chega a 62%, um pouco acima dos 60% exigidos pelo BNDES. Mas nossa meta é alcançar 70% e depois chegar a 80%”, adianta Peralta. 

PORTO DO RECIFE 

Em maio deste ano, a GE começou a operar no Porto do Recife, com um projeto da divisão de óleo & gás. A empresa investiu US$ 20 milhões na montagem de uma unidade de 55 mil metros quadrados, localizada em uma área do pátio alfandegado. O investimento é para atender a uma encomenda de US$ 500 milhões da Petrobras, em equipamentos que serão embarcados em quatro plataformas da petrolífera na região do pré-sal. A previsão é que a importação de peças, equipamentos e componentes e a exportação dos módulos devem movimentar R$ 600 milhões num período de 36 meses. “A operação da GE no Estado contribuiu para mudar o perfil da balança de exportação”, complementa Stefanni. 

Questionado sobre as implicações da Operação Lava Jato, Peralta afirma que teme pela redução dos investimentos e das as encomendas da Petrobras no setor de óleo & gás.

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