SOB MEDIDA

Empresas recorrem a faculdades para que ofereçam capacitação aos seus funcionários

Serviço personalizado consiste em preparar uma grade curricular voltada para a necessidade da companhia e pode ser realizado na empresa ou na instituição

Rossini Gomes
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Rossini Gomes
Publicado em 15/12/2014 às 8:30
Foto: Igo Bione/JC Imagem
Serviço personalizado consiste em preparar uma grade curricular voltada para a necessidade da companhia e pode ser realizado na empresa ou na instituição - FOTO: Foto: Igo Bione/JC Imagem
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A necessidade de ter dentro de seu quadro de funcionários profissionais cada vez mais preparados tem levado empresas públicas e privadas a contratar faculdades do Recife que possam oferecer capacitações e pós-graduações. O serviço personalizado consiste em preparar uma grade curricular voltada para a necessidade da companhia e pode ser realizado tanto na empresa quanto na instituição de ensino (in company). E a modalidade personalizada apresenta uma vantagem tripla: para a faculdade, que faz do nicho uma nova fonte de receita; para a empresa, que terá profissionais mais preparados; e para o funcionário, que se atualiza sobre as exigências do mercado gratuitamente ou a um custo acessível.

O Centro Universitário Maurício de Nassau (UniNassau) já ofereceu capacitações para servidores do Banco do Brasil e da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco. “Nós oferecemos especializações da área financeira ou jurídica. Ou mesmo treinamentos para ferramentas específicas, como o Excel, por exemplo, para um grupo que precisa chegar ao nível intermediário”, explica o diretor de pós-graduação do Grupo Ser Educacional, Marcovan Porto.

O contato da instituição com as empresas acontece de três maneiras: quando os órgãos públicos lançam edital de concorrência (por intermédio de carta-convite), por meio de pregão presencial ou de pregão eletrônico. “São verbas que os órgãos destinam para treinamento dos seus servidores para que eles possam atingir metas para ascender em termos de cargos e de salários, e os órgãos precisam custear isso. Existe um processo de inscrição que é comunicado toda vez que há uma licitação para cursos. E nós procuramos oferecer a melhor relação custo x benefício”, conta, lembrando que, para os pregões, as empresas precisam estar cadastradas nos órgãos públicos.

Diferente da UniNassau, o contato da Faculdade Boa Viagem (FBV) com as empresas acontece por meio da procura. “Apresentamos os projetos da faculdade e o corpo docente às empresas. É a partir daí que começa o relacionamento”, diz a coordenadora de Pós-graduação e Extensão da FBV, Cristiane Andrade. “Nós montamos um programa em cima da necessidade da empresa. Fazemos reuniões com o RH (departamento de Recursos Humanos da empresa) e procuramos entender o que os gestores da área cujos funcionários serão capacitados estão querendo”, explica, lembrando do recente trabalho com uma empresa da área de logística e destacando que a carga-horária atende às exigências do Ministério da Educação (MEC).

A coordenadora destaca que as empresas têm interesse em saber quem serão os professores que irão capacitar seus funcionários. “Depois que eu apresento a metodologia e o conteúdo programático, enviamos o currículo de cada professor. Isso é fundamental para a compra do curso”, afirma Cristiane. As empresas avaliam o histórico dos docentes para ver se está de acordo com o perfil exigido para aquela disciplina”, completa Porto.

Na Faculdade Estácio, há duas turmas do curso de marketing (modalidade tecnólogo) com cerca de 50 funcionários de um empresa de telemarketing cada uma. “Essa parceria que iniciou há seis meses. Nossa Diretoria de Relacionamento entra em contato com o RH das empresas e apresenta uma trilha de capacitação”, detalha o diretor-geral da empresa Kesi Sodré, destacando que a mensalidade do curso, que tem duração de dois anos, é paga quase integralmente pela empresa. “O funcionário desembolsa um percentual muito pequeno.”

Leia a íntegra na edição desta segunda-feira (15) do Jornal do Commercio

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