Combustível

Já falta álcool nas bombas

Com o reajuste no preço da gasolina, procura pelo etanol subiu cerca de 50%

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Publicado em 13/02/2015 às 11:02
Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Com o reajuste no preço da gasolina, procura pelo etanol subiu cerca de 50% - FOTO: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
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Após sentir o peso do reajuste no preço da gasolina e do diesel, os motoristas recifenses resolveram buscar outras alternativas para encher o tanque. Optar pelo álcool tem sido uma delas, e a alta procura esgotou o estoque do combustível em muitos postos da cidade. Antes de abastecer com o etanol, o consumidor deve fazer os cálculos: o álcool será mais vantajoso caso o preço do litro custe até 70% o valor da gasolina.

O frentista Anderson de França, que trabalha em um posto da Abdias de Carvalho, afirma que a procura pelo etanol aumentou, especialmente entre os taxistas. “A procura pela gasolina diminuiu bastante, agora os motoristas querem mais o álcool. Chegam mais caminhões da distribuidora aqui porque estamos consumindo bem mais”, conta. Segundo o proprietário do mesmo posto, Caetano Albuquerque, a busca pelo etanol aumentou cerca de 50%, o que, segundo ele, causou alguns atrasos no abastecimento. “O consumo dobrou e tivemos que pedir mais. Tenho o contato de várias distribuidoras, porque já aconteceu de ligar e não ter”, diz.

O técnico em mecânica Elton Silva diz que, depois do último reajuste, prefere abastecer com álcool devido a diferença de valores entre os dois combustíveis. “Calculando, sai mais em conta. Vou abastecer com etanol até normalizar o preço da gasolina, o que eu espero que ocorra”, afirma.

De acordo com o presidente do Sindicombustíveis, Alfredo Ramos, muitas distribuidoras não estavam preparadas para atender ao crescimento da demanda, o que dificultou o abastecimento, inicialmente. “Houve uma migração da gasolina para o álcool. Tinha posto vendendo mil, dois mil litros de etanol que agora vende quatro mil”, conta.

Já o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, apresenta previsões otimistas para o setor. “Concluímos um estudo que mostra que a safra deste ano cresceu 19,03% em relação ao mesmo período da safra anterior. Segundo ele, a perspectiva este ano é produzir, até o final de março, cerca de 380 milhões de litros.

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