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Conheça dicas para evitar o calote

O calote é crime conhecido como estelionato, que ocorre quando alguém prejudica outra pessoa com objetivo de obter vantagem

Do Blog Olho Vivo
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Publicado em 24/05/2016 às 10:25
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
O calote é crime conhecido como estelionato, que ocorre quando alguém prejudica outra pessoa com objetivo de obter vantagem - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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Imagine planejar todos os detalhes para uma grande festa, sonhar com o dia, e, quando chegada a hora, não ter nada. A empresa não cumpriu com as obrigações, não há comida ou decoração. E o pior: o dinheiro não é devolvido. O calote é crime conhecido como estelionato, que ocorre quando alguém prejudica outra pessoa com objetivo de obter vantagem. O consumidor pode evitar ser lesado tomando precauções antes de fechar negócio. A notícia é do Blog Olho Vivo.

“O cliente precisa buscar informações da empresa junto aos órgãos de defesa do consumidor e desconfiar de preços muito baratos. Também deve dar preferência a acordos em que pode pagar a metade antes e a outra metade depois do evento. Nos casos em que o consumidor fica insatisfeito com a qualidade do serviço, não é estelionato, mas é possível pedir o dinheiro de volta ou que a empresa refaça a atividade”, afirma o gerente jurídico do Procon-PE, Roberto Campos.

Algumas noivas no Grande Recife passaram pelo pesadelo de ter o grande dia arruinado. A polícia está investigando o caso do Amélia’s Buffet & Decoração, que teria deixado na mão clientes e fornecedores. A secretária Mariza Silva, 39 anos, contratou a empresa para fazer a decoração e o almoço (que incluía feijoada e saladas). “Casei em dezembro de 2014. Uma semana antes, a dona, chamada Amélia, entrou em contato comigo e informou que haveria uma festa um dia antes do meu casamento. Eu perguntei se daria tempo, e ela confirmou que sim. Eu tive que fazer a decoração. A feijoada só saiu de 16h30, depois que todo mundo foi embora. Senti muita tristeza. Paguei R$ 3.100. Depois, não consegui mais falar com a proprietária”, explica.

A dona de casa Cristiana dos Santos, 31, desistiu do contrato após ouvir comentários negativos sobre a empresa. Ela cancelou o serviço em 2015 e até agora não recebeu de volta o dinheiro que investiu. “Paguei R$ 3.400. A Amélia garantiu que iria me devolver todo o dinheiro. Ela sumiu e nunca mais apareceu. Eu cheguei a passar um dia inteiro em frente à casa dela, mas não a encontrei. Desisti de casar no religioso porque não tinha dinheiro”, diz Cristiana.

Alguns fornecedores também se prejudicaram na hora de fechar contrato com a empresa e lamentam não cumprir com o acordado. “Ela me fez três encomendas. Chegou a pagar metade de uma, mas depois eu disse que só entregaria se ela entregasse todo o dinheiro que me devia e não fez. Então, não tive como levar os salgados para a festa. O meu prejuízo foi pequeno, no valor de R$ 474. Porém, o pior é ver alguém sonhando com um grande dia e ser decepcionado”, afirma Luegi Rodrigues Alves, que trabalha com buffet.

Até agora, quatro pessoas procuraram a Delegacia do Consumidor. “Estamos investigando o que houve. A dona do buffet já foi intimada e deve prestar depoimento na quinta-feira (26). Se for confirmado o estelionato, a punição é de até 5 anos de prisão”, relata o delegado Roberto Wanderley. A reportagem do Jornal do Commercio procurou a dona do buffet, mas não conseguiu contato para esclarecer a situação.

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