O Sebrae-PE lançou ontem o Programa Inovar para Competir voltado para a construção civil no qual serão investido R$ 1,8 milhão em 2017. As empresas que aderirem à iniciativa poderão contar com o subsídio da instituição que bancará até 60% do custo de consultorias nas áreas de capacitação técnica, planejamento estratégico, automação de processos, inovação, mídia digital entre outras. “Na atual crise, essa pode ser uma ajuda significativa para fazer as empresas voltarem a crescer”, resume o consultor em Gestão da Qualidade do Sebrae-PE, Adalberto Souza.
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Segundo ele, o setor da construção civil foi escolhido porque foi o primeiro a sentir os efeitos da crise e também deve ser um dos que vão ser impactados, de imediato, com a retomada da economia. “Serão desenvolvidas ações que melhorem a competitividade, contemplando empresas que vão desde as que fornecem algum tipo de produto para a construção civil, como os fabricantes de piso, mármore, canos até os escritórios de arquitetura, passando inclusive pelas imobiliárias”, comenta Adalberto.O especialista lembra, ainda, que a indústria da construção civil exerce forte influência na economia do Estado, principalmente na geração de emprego e renda.
As empresas participantes vão entrar com uma contrapartida de 40% no valor da iniciativa a ser desenvolvida. Dependendo do projeto a ser desenvolvido, os representantes da companhia vão receber atendimento individual e coletivo, participar de eventos, feiras e cursos específicos do segmento. “Todas as iniciativas serão traçadas com base na gestão, tecnologia e acesso ao mercado”, acrescenta Adalberto.
Inicialmente, 50 empresas ligadas ao setor já aderiram à iniciativa. No entanto, quem estiver interessado pode entrar em contato com o Sebrae pelo telefone 21018200 no horário comercial. “Quanto mais rápido, melhor. As ações começarão a ser desenvolvidas em janeiro próximo”, afirma.
EXEMPLO
Antes do atual programa, o Sebrae-PE fez um projeto piloto no qual foram desenvolvidas iniciativas parecidas no qual a instituição investiu R$ 800 mil. Participaram 64 empresas. A pequena firma DProteção foi uma delas. Ela atua na área de gestão de segurança do trabalho com clientes em vários segmentos, incluindo construção civil. “Foram 16 meses com a consultoria do Sebrae passando por todos os setores da firma. Isso trouxe uma evolução grande. Antes, a gente trabalhava empiricamente. Agora, passamos a usar indicadores econômico e de desempenho”, diz o diretor e engenheiro de segurança da DProteção, Pacífico Pinho.
O uso de indicadores econômicos e de desempenho, segundo Pacífico, resultou “numa maior produtividade e foco”. E qual foi a diferença que isso fez ? “Num ano difícil como este, a nossa expectativa é de crescer 15% em faturamento com relação ao ano anterior. A nossa intenção é participar do novo projeto e ter uma consultoria para fazer a reavaliação do plano de ação da empresa e uma estratégia para os clientes da construção civil”, conclui.
