NEGÓCIOS

Empresas do polo têxtil começam programa para obter certificação

Em busca de novos mercados, confecções do polo do Agreste querem vender para grandes varejistas

Da editoria de economia
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Publicado em 16/06/2017 às 8:01
Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
Em busca de novos mercados, confecções do polo do Agreste querem vender para grandes varejistas - FOTO: Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
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Cerca de 30 empresas do polo têxtil do Agreste do Estado vão começar um programa para obter o selo da Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX). A expectativa é de que o programa custe R$ 790 mil. Essa certificação é importante porque a comercialização de confecções tem migrado para os grandes magazines. “E quem não tem certificação não pode participar desse mercado que só faz crescer. Só há duas saídas: ou se capacita para ter o selo ou fica de fora”, explica o diretor do Sindivest-PE, Wamberto Barbosa. Segundo ele, só seis empresas pernambucanas vendem para os grandes magazines, sendo uma instalada na Região Metropolitana do Recife e cinco no polo de confecções do Agreste.

Dos recursos a serem investidos, 35% serão bancados pelo Sebrae-PE, 25% pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e os 45% restantes sairão das entidades de classe do setor como o Sindicato da Indústria do Vestuário de Pernambuco (Sindivest-PE), Núcleo Têxtil e as empresas contempladas pela iniciativa.

O presidente da AD Diper, Leonardo Cerquinho, argumenta que 68% das vendas do polo têxtil do Agreste têm como destino as feiras livres e as sacoleiras. “O varejo dos grandes magazines é responsável pela comercialização de 46% de todo o vestuário do Brasil, movimentando cerca de R$ 20 bilhões por ano. A expectativa é de que esse percentual alcance 62% em 2025”, conta Cerquinho.

CONVÊNIO

O programa deve ser desenvolvido em 10 meses e ser iniciado assim que for assinado um convênio entre as entidades que vão fazer os aportes de recursos e as empresas, o que deve ocorrer em duas semanas.
As entidades já iniciaram o processo de seleção para escolher as participantes. “Uma das exigências é atender a um pedido mínimo de 15 mil peças. Estamos estudando se algumas empresas pequenas podem trabalhar de forma consorciada por segmento”, explica Wamberto Barbosa. E acrescenta: “Essa iniciativa vai contribuir para uma profissionalização mais ativa do polo do Agreste porque é um mercado mais exigente, mais amadurecido e que vai exigir mais gestão das empresas”.

Na etapa final do programa, está prevista uma rodada de negócios com grandes varejistas. “A nossa expectativa é de que sejam fechadas vendas que gerem um faturamento de R$ 5 milhões até seis meses depois dessa última etapa”, conclui Leonardo Cerquinho.

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