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Indústrias da área de defesa podem vir para Pernambuco

O ministro da Defesa, Raul Jungmann citou que a empresa suíça Ruag está em negociação avançada para se instalar em Pernambuco

Da editoria de economia
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Publicado em 28/07/2017 às 8:01
Foto: Agnelo Câmara/Ascom Sudene
O ministro da Defesa, Raul Jungmann citou que a empresa suíça Ruag está em negociação avançada para se instalar em Pernambuco - FOTO: Foto: Agnelo Câmara/Ascom Sudene
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Pelo menos duas empresas da área de defesa estão interessadas em se instalar em Pernambuco, segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Uma é a fábrica de munições da empresa suíça Ruag e a outra seria uma unidade da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) que teria manifestado a possibilidade de abrir uma unidade local. Ainda de acordo com o ministro, a implantação da primeira demandaria um investimento de US$ 90 milhões (cerca de R$ 282 milhões com o dólar a R$ 3,14) e as negociações para isso estão “avançadas”.

O governador Paulo Câmara (PSB) confirmou que o Estado está “conversando” com representantes da Ruag, mas alegou que não pode divulgar detalhes por “questões de confidencialidade”. O que está faltando? “Detalhes precisam ser fechados. Cabe a definição e o anúncio”, respondeu Paulo, acrescentando que isso pode ser o “início” de um polo industrial de defesa a ser implantado no Estado.

O anúncio da fábrica da Ruag pode ocorrer no segundo semestre deste ano se as conversas continuarem evoluindo, como argumentou o governador.

 Foi dado mais um passo no sentido de atrair a indústria de defesa para o Nordeste. Os integrantes do Conselho Deliberativo (Condel) da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) incluíram, na tarde desta quinta-feira (27/07) três novos segmentos a serem beneficiados pelos empréstimos do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e Fundo do Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). São eles: a indústria de defesa, o tratamento de resíduos sólidos – incluindo a produção de energia – e projetos relacionados à geração, transmissão e distribuição de energia.

HORIZONTES

“Isso traz importantíssimos horizontes para a indústria da defesa. O FNE tem juros diferenciados, mais baratos. O financiamento tem um papel decisivo para decidir onde essas empresas vão se instalar. A base desse setor responde por quase 4% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, tem um faturamento de R$ 202 bilhões e emprega diretamente cerca de 60 mil pessoas”, revelou o ministro Raul Jungmann.

A indústria da defesa produz desde sistemas de localização por satélite (como, por exemplo, um GPS), aviões e até embarcações para as forças armadas, como é o caso de uma licitação da União que pretende comprar corvetas, o que poderia beneficiar o Estaleiro Vard Promar, instalado em Suape.

Jungmann veio ao Recife para participar da 21ª Reunião do Condel que ocorreu no Instituto Ricardo Brennand e contou com a presença do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, além dos vice-governadores de Alagoas (Luciano Barbosa), do Ceará (Izolda Cela) e do Maranhão (Carlos Brandão).

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