Operação Insistência

Polícia Federal faz operação contra fraudes na previdência no Cabo

Operação tem como objetivo prender envolvidos em fraudes nas aposentadorias rurais que causou um rombo de R$ 22 milhões aos cofres públicos

JC Online
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Publicado em 09/08/2017 às 7:35
Foto: Divulgação/Polícia Federal
Operação tem como objetivo prender envolvidos em fraudes nas aposentadorias rurais que causou um rombo de R$ 22 milhões aos cofres públicos - FOTO: Foto: Divulgação/Polícia Federal
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A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Insistência, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa no município do Cabo de Santo Agostinho. Os alvos da operação são responsáveis por fraudar benefícios previdenciários e aposentadorias rurais. 

Foram presos na operação o funcionário do INSS do Cabo Rogério José de Santana e o representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo Marcelino João de Santana.

Na operação estão envolvidos 120 policiais federais e servidores do INSS que cumprem dois mandados de prisão preventiva, 18 de conduções coercitivas e oito de busca e apreensão nos municípios do Cabo e na comunidade de Brasília Teimosa, no Pina. A ação conta com apoio da Secretaria da Previdência do Ministério da Fazenda e do INSS-Instituto Nacional de Seguridade Social.

As investigações da Polícia Federal, que tiveram início no 2015, foram motivadas após descobrir que um servidor do INSS (Instituo Nacional de Seguridade) estaria cometendo uma série de graves irregularidades. Em 12 meses, a APS do Cabo concedeu 1.527 benefícios enquanto a APS de porte semelhante concedeu apenas 139. Levantamentos feitos pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda apontaram que este servidor é o maior concessor de benefícios rurais do estado de Pernambuco. Estima-se que o valor do prejuízo dado aos cofres públicos chegue a quase R$ 22 milhões.

As pessoas conduzias coercitivamente e os presos serão levados para a sede da Polícia Federal onde serão indiciados e responderão pelos crimes na medida de sua participação. Eles podem responder por estelionato cometido contra entidade de direito público, com pena de 1 a 5 anos de reclusão; Inserção de dados falsos no sistema de informações e falsificação de documento público, ambos com pena de 2 a 6 anos de prisão e Corrupção passiva, de 2 a 12 anos de reclusão. 

Insistência

O nome da "Operação Insistência" se deu pelo fato do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo de Santo Agostinho continuar no esquema fraudulento de concessão de benefícios mesmo após a deflagração da Operação Manager que aconteceu em setembro do ano passado. Coletiva de imprensa será concedida nesta quarta às 10h na sede da Polícia Federal onde serão fornecidos maiores detalhes sobre as investigações.

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