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Hospital Esperança lidera ranking dos maiores contribuintes do Recife

É a primeira vez que o hospital conquista a colocação em 20 anos do Prêmio ISS

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Publicado em 17/10/2017 às 2:00
Foto: Arnaldo Carvalho/ JC Imagem
É a primeira vez que o hospital conquista a colocação em 20 anos do Prêmio ISS - FOTO: Foto: Arnaldo Carvalho/ JC Imagem
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Pela primeira vez nos 20 anos de história do Prêmio ISS – Contribuintes do Desenvolvimento, o Hospital Esperança ficou no topo do ranking dos 50 maiores arrecadadores do imposto no Recife. A colocação reforça a importância do Polo Médico de Pernambuco, que se posiciona como o segundo maior do Brasil, com faturamento de R$ 7,2 bilhões. A relevância do polo garante ao segmento de saúde o terceiro lugar entre os maiores contribuintes de ISS do município. Com participação de 11% na receita, a atividade está atrás apenas das instituições financeiras e dos serviços públicos, empatados cada um com 17%.

“A classe médica do Estado contribuiu para transformar o polo em referência no Norte e Nordeste do País. Fomos pioneiros em transplante de fígado, investimos em cirurgia robótica e temos uma oferta importante de serviços de laboratório. O setor tem mais de 400 unidades de saúde, disponibiliza 22 mil leitos, realiza 187 mil internações por ano e gera 130 mil empregos diretos e indiretos”, detalha o diretor do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhosp), Fernando Murta.

“Outro diferencial do setor é ter mantido os investimentos em modernização, tecnologia e infraestrutura mesmo diante da crise”, completa Murta. Controlado há 10 anos pelo grupo D’Or São Luiz, o Hospital Esperança é um desses exemplos. Ao longo de uma década, os investimentos totalizaram R$ 100 milhões. A rede apostou na construção de um novo prédio onde funcionam um Centro de Diagnóstico, além de leitos de internação e unidade ambulatorial.

“Com empreendedorismo, trabalho e foco é possível crescer mesmo em momentos de crise. Estamos projetando investimento de R$ 30 milhões para começar a construir, no próximo ano, um novo prédio de 11 andares, que vai acomodar uma nova emergência pediátrica, três andares de consultórios médicos e mais vagas de estacionamento. A previsão é inaugurar essa quarta unidade entre 2020 e 2021”, diz o diretor da Rede D’Or em Pernambuco, Alexandre Loback.

Na avaliação do executivo, estar em primeiro lugar no ranking do ISS é um reconhecimento a esses dez anos de trabalho. “É muito gratificante porque além de colaborar com o desenvolvimento do município também contribuímos com a qualidade de vida da população e de quem visita a cidade, em função da oferta de serviços médicos. Hoje o hospital fatura cinco vezes mais do que há uma década e isso se reflete na arrecadação de ISS”, observa. No ano passado o Esperança faturou R$ 30 milhões e a expectativa para 2017 é crescer entre 15% e 20%.

Adquirido pela Rede D’Or em abril do ano passado, o Hospital Memorial São José também é destaque no Prêmio ISS, ocupando a 10ª posição no ranking geral e a 3ª no segmento de saúde. Para a unidade, os planos são de reforma e aposta em novas tecnologias. Já está em construção um prédio para consultórios médicos e no início de 2018 será iniciada a implantação de um Centro Oncológico e de mais 75 leitos de internação.

Será um investimento misto realizado pelos antigos donos e proprietários do imóvel (estrutura predial) e pela Rede D’Or (equipamentos e tecnologia). A expectativa é que nos próximos três anos o investimento chegue a R$ 80 milhões. “Com o envelhecimento da população, a oncologia tem demanda crescente. A cada ano surgem mais casos de câncer e é uma especialidade que vem se desenvolvendo muito, principalmente na questão dos medicamentos. Em entrevista recente o especialista Paulo Hoffman disse que existe a chance de 60% de cura”, pontua Loback.

TECNOLOGIA

O Polo Médico de Pernambuco também é considerado vanguardista quando o assunto é tecnologia. Os hospitais Santa Joana e Esperança entraram na era da cirurgia robótica e o Unimed Recife se destaca como o primeiro da América Latina a ser reconhecido como hospital digital. “Adquirimos o robô Da Vinci SI há um ano e meio e já realizamos mais de 300 procedimentos. Esse número nos garante a liderança em cirurgia robótica no Norte e Nordeste”, destaca Loback. Com tecnologia americana, o robô tem como carro-chefe as cirurgias urológicas (principalmente câncer de próstata), mas também é utilizado em cirurgias ginecológicas, bariátrica e de colo retal. O robô consegue chegar aonde a mão do cirurgião não chega, além de provocar menos sangramento e ser menos invasivo.

No Hospital Santa Joana, o Centro de Robótica foi inaugurado no ano passado e já foram realizados 150 procedimentos nas especialidades de clínica geral, urologia, proctologia e cirurgia bariátrica. “Para o operar o centro implementamos um programa de capacitação no uso da tecnologia, com treinamentos realizados pelos especialistas mais renomados do mundo”, diz o diretor administrativo, Marcelo Vieira.

Sétimo lugar no ranking geral do ISS e segundo no segmento de saúde, a Unimed Recife também aposta na tecnologia. O Hospital Unimed Recife III passou a integrar um grupo de elite de dez hospitais fora dos Estados Unidos que alcançaram o título de hospital digital. O equipamento é o primeiro da América Latina a conquistar o nível 7 da Healthcare Information and Management Systems Society (HIMSS) Analytics, concedido pela Electronic Medical Record Adoption Model (maior associação de informática em saúde no mundo). Na prática, a certificação quer dizer que o hospital detém o mais alto nível em Tecnologia da Informação. O grupo investiu R$ 1,3 milhão no HIMSS, num trabalho que começou em 2014.

O superintendente de Recursos próprios da Unimed Recife, George Trigueiro Filho, adianta que o investimento aplicado na certificação foi recuperado em 12 meses. “Fizemos um investimento de R$ 1,3 milhão e registramos uma economia de R$ 6,2 milhões com a redução de processos e de desperdícios”, diz.

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