OPERAÇÃO FUNIL

Funcionários do Sindicombustíveis são presos por suspeita de cartel

Além dos três funcionários presos preventivamente, o presidente do Sindicombustíveis e donos de postos estão sendo investigados

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Publicado em 15/05/2018 às 8:42
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Além dos três funcionários presos preventivamente, o presidente do Sindicombustíveis e donos de postos estão sendo investigados - FOTO: Foto: Reprodução / TV Jornal
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A Operação ‘’Funil’’, desencadeada na manhã desta terça-feira (15), prendeu três funcionários do Sindicato de Combustíveis de Pernambuco (Síndicombustíveis) que estão envolvidos em cartel. Segundo as investigações, que começaram em julho de 2017, os funcionários do sindicato faziam o alinhamento de preços dos combustíveis com donos de postos em 11 cidades do estado.

Os funcionários foram presos por ordem de mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça. Além deles, outros 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 17 em postos de combustíveis e 10 em residências, incluindo a do presidente do Síndicombustíveis, Alfredo Pinheiro Ramos, que está sendo investigado.

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Os mandados foram cumpridos em cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Abreu e Lima, Igarassu e Moreno, na Região Metropolitana;  Vitória de Santo Antão, Paudalho e Glória de Goitá, na Zona da Mata Norte; Pombos, Gravatá e Bonito, no Agreste. Durante a ação da Polícia Civil, uma quarta pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma.

De acordo com a polícia, os presos foram interrogados e encaminhados para o Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, onde responderão pelo crime de ordem econômica. Procurado pela reportagem do JC Online, o presidente do Síndicombustíveis, Alfredo Pinheiro Ramos, não atendeu às ligações.

A Operação

A Operação ''Funil'' foi desencadeada na manhã desta terça-feira (15) pela Polícia Civil de Pernambuco, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para a prática de crimes de cartel no setor de combustíveis. Segundo investigações, os postos de combustíveis, mesmo que concorrentes, firmavam uma cooperação para manipular os preços.

Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em domicílios e estabelecimentos comerciais.

A 14° operação de repressão qualificada em 2018, foi coordenada pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DINTEL) com o apoio operacional da Diretoria Integrada de Metropolitana (DIM) e supervisão da Chefia de Polícia. A ação envolveu mais de 160 policiais civis, entre delegados, agentes, comissários e escrivães

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Do jornal Correio para a Rede Nordeste

Os preços parecem estar tabelados. Você procura um, dois, três postos em busca de uma gasolina mais em conta, mas os valores, quando não são iguais, se difereciam por centavos. Coincidência ou uma tática dos empresários do ramo para obter lucros maiores? O Ministério Público da Bahia (MP-BA) informou nesta sexta-feira (11) que investigará mais de 200 postos de combustível de Salvador suspeitos de aumentarem os preços e fixá-los, não dando chance de escolha ao consumidor. A pena, caso comprovado o esquema, pode variar entre dois a cinco anos de prisão, em esfera criminal, e multa de até R$3 milhões, na esfera cível. 

Um inquérito civil público foi instaurado na última quinta-feira (10) para apurar a possível manobra dos empresários. O MP, de acordo com a promotora Joseane Suzart, da 5ª Promotoria de Justiça do Consumidor, informou que deve fechar o cerco contra o Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniências do Estado da Bahia (Sindicombustíveis) e o Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Estado da Bahia (Sindicom-Ba), já que eles representam a categoria. 

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