NEGÓCIOS

13ª edição do CEO Fórum da Amcham discutiu o valor exponencial das empresas

Professor da Singularity University uma das instituições mais inovadoras do mundo , o holandês Yuri Van Geest veio a Pernambuco apresentar o conceito por trás do uso da tecnologia como ferramenta disruptiva

Da editoria de economia
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Publicado em 22/06/2018 às 12:06
Foto: Eduardo Cunha | CCQ
Professor da Singularity University – uma das instituições mais inovadoras do mundo –, o holandês Yuri Van Geest veio a Pernambuco apresentar o conceito por trás do uso da tecnologia como ferramenta disruptiva - FOTO: Foto: Eduardo Cunha | CCQ
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 Ser mais rápida e eficiente do que as organizações clássicas e, ao mesmo tempo, ter um propósito que, para além do resultado financeiro, gere um valor exponencial para a sociedade são os desafios a serem encarados pelas corporações que pretendem prolongar a vida ativa no mercado. Tal resultado pode ser alcançado através do alinhamento da tecnologia à humanização dos modelos de negócio, temática que foi discutida ontem por especialistas e gestores na 13ª edição do CEO Fórum Recife, promovido pela Amcham no Sheraton Reserva do Paiva Hotel & Convention Center, no Cabo de Santo Agostinho.

 Professor da Singularity University – uma das instituições mais inovadoras do mundo –, o holandês Yuri Van Geest veio a Pernambuco apresentar o conceito por trás do uso da tecnologia como ferramenta disruptiva nas empresas. As organizações exponenciais, negócios que utilizam novas técnicas organizacionais e fazem uso das novas tecnologias para otimizar os resultados são, segundo ele, o novo motor do mundo empresarial, sobretudo através da atuação das startups. “Estamos falando de organizações que, à vista das empresas clássicas, são dez vezes mais rápidas, eficientes e efetivas nos mais diversos aspectos. Esse tipo de empresa está impactando o mercado em bilhões e já são pelo menos 200, principalmente na China e nos Estados Unidos, mas com expansão para outros países, como o Brasil. São startups, pequenas, médias e grandes empresas”, diz ele.

 O conceito para esses novos modelos de negócio é baseado numa pesquisa de seis anos feita por Van Geest junto a companhias como Waze, Tesla, AirBnb, Uber, Xiaomi, Netflix, Valve, Google (Ventures) e 60 outras empresas, incluindo corporações como GE, Haier, Coca Cola, Amazon, Citibank e ING Bank – todas consideradas organizações exponenciais por mudarem ou trazerem novos modelos de relações de trabalho e fazerem uso da tecnologia para resolução de problemáticas sociais atuais. 

Capitalismo consciente

Além da mudança de dentro para fora das empresas, um novo olhar sobre o mercado também é outro ponto fundamental para as corporações continuarem a existir e, principalmente, fazerem sentido. Thomas Eckshimidt, cofundador do Instituto Capitalismo Consciente Brasil e coautor do livro Conscious Capitalism Field Guide (Guia de Campo do Capitalismo Consciente), trouxe ao debate a importância do capitalismo como sistema capaz de provocar “inquietação nos indivíduos” e fazer com que busquem alternativas para tentar solucionar problemas comuns à sociedade no dia a dia. “Antes do capitalismo, a única maneira de gerar riqueza era tirar do outro ou escravizá-lo. O sistema fez com que juntássemos talento para atender às necessidades, fazendo nascer o propósito, mola propulsora dos negócios. Se uma organização se perde ao longo do tempo é porque não surgiu por uma causa, com a intenção de transformar um problema em solução. Precisamos recuperar esse espírito para chegarmos ao caminho de um negócio exponencial, que vai além do resultado financeiro”, diz ele para justificar o que chama de capitalismo consciente.

 Dois cases apresentados no evento como empresas exponenciais foram os da Cabify, startup de transporte por demanda com US$ 1 bilhão em valor de mercado e que ainda não atua no Recife, e o grupo ZAP Viva Real, que mantém plataforma virtual para compra e venda de imóveis.

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