Análise

Agricultura se destaca na economia do Estado em 2018

Depois de seis anos de estiagem no Agreste e Sertão, o setor voltou a crescer neste ano

editoria de Economia
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Publicado em 11/12/2018 às 10:59
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Depois de seis anos de estiagem no Agreste e Sertão, o setor voltou a crescer neste ano - FOTO: Foto: Agência Brasil
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A agricultura foi o destaque da economia de Pernambuco neste ano. Depois de seis anos de recessão por causa da estiagem no Agreste e Sertão, o setor conseguiu crescer 17,3% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período de 2017. O desempenho foi um dos pontos abordados no seminário Economia brasileira e pernambucana: desempenho recente e desafios para 2019, apresentado pelos economistas Jorge Jatobá e Tânia Bacelar, sócios da Ceplan Consult, aos empresários do LIDE-Pernambuco.

O evento, que ocorreu ontem em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, contou com análises das economias local e nacional deste ano e com projeções para a conjuntura em 2019. Na opinião dos especialistas, o cenário estadual deve acompanhar o ritmo de crescimento da economia brasileira no ano que vem, sendo puxado pelo aumento do setor primário e pela recuperação da indústria.

Neste ano, o PIB do Brasil deve fechar em 1,4%, enquanto a projeção para o PIB do Estado é de 2,2%. “A economia de Pernambuco tem uma tendência a recuperação, mas uma recuperação ainda travada. Tem um crescimento um pouquinho melhor do que a do Brasil, mas ainda um crescimento muito baixo. Esperamos que em 2019 continue acompanhando a do Brasil. A gente pode crescer aí de 2,5% a 3,5%. O Estado deve estar crescendo um pouco acima disso”, explica a economista e cientista social Tânia Bacelar.

Emprego

Para a economista, a dificuldade de Pernambuco é a recuperação do emprego. “O desafio é criar emprego. A gente criou neste ano um total de 1,8% dos empregos gerados no País, que foi pouco considerando que o Estado representa 3% da economia. O essencial é criar através do setor terciário, que apresenta um crescimento muito tímido ainda”, enfatiza Bacelar.

Quanto à retomada do emprego no País, o economista Jorge Jatobá acredita que só será possível com o crescimento da economia. “A reforma trabalhista, por exemplo, veio para ajustar muito mais a parte judicial de processos trabalhistas do que gerar empregos. A questão da empregabilidade só se resolve com a retomada da economia. Então vamos aguardar as definições para 2019”, completa o sócio da Ceplan.

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