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A cura da catarata é foco em centro especializado, no Hope

Unindo equipe especializada, todos os exames necessários e cirurgia ocular, HOPE cria Centro Avançado de Catarata na Ilha do Leite

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Publicado em 31/01/2019 às 10:00
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Unindo equipe especializada, todos os exames necessários e cirurgia ocular, HOPE cria Centro Avançado de Catarata na Ilha do Leite - FOTO: Luiz Pessoa/JC360
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Dentro dos olhos existe uma lente natural, transparente, que tem a função de focar os objetos à nossa frente para que possamos ver tudo com nitidez. Com o tempo, essa lente natural, chamada de cristalino, vai perdendo a transparência, prejudicando a qualidade da visão. Quando o cristalino está opaco, a imagem não se forma perfeitamente na retina, e ele passa a ser referido como catarata - causa de mais da metade dos casos de cegueira reversível no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Essa transformação, no entanto, é lenta e gradual. “Não é que o paciente vai dormir enxergando tudo e acorda com o cristalino opaco, sem enxergar nada. Como a catarata se desenvolve devagar, o paciente nem percebe no começo que tem”, diz a médica oftalmologista Bruna Ventura, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE).

A doença é mais comum depois dos cinquenta anos. Com o aumento da expectativa de vida da população, a catarata tem se tornado cada vez mais comum. A boa notícia é que ela, até mesmo a mais avançada, é reversível. Uma cirurgia rápida e indolor é capaz de substituir essa lente natural, opaca, por uma artificial, transparente. Em 2017, por exemplo, foram feitas 492 mil cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que representa um aumento de 72% desde 2007.

Para que os pacientes com esse diagnóstico sejam acolhidos com mais conforto e segurança no pré e no pós-operatório, o HOPE decidiu separar um espaço especialmente para eles. Desde novembro, a unidade de saúde conta com um Centro Avançado de Catarata, um local onde estão concentrados todos os equipamentos necessários para diagnóstico e planejamento das cirurgias de catarata, além de salas de orientação. O clima de tranquilidade tem o apoio, inclusive, da musicoterapia - um violinista se faz presente no hospital durante todo o dia.

Diretora executiva do Hope, Cyntia Santiago

“O HOPE está sempre em busca de oferecer maior conforto aos seus pacientes e familiares. Por esta razão, criou o centro avançado”, afirma a diretora executiva da unidade de saúde, Cyntia Santiago. “Geralmente, os pacientes de catarata são mais idosos, precisam de atenção especializada, a gente quis dar mais conforto. O ambiente aconchegante faz com que o paciente se sinta melhor”, explica.

Antes, o atendimento de catarata no HOPE era feito primeiro andar, onde o paciente realizava os exames. Em seguida, ele era direcionado para o quarto andar, o setor marcação de cirurgia. Hoje, o paciente resolve tudo no centro avançado de catarata, no sexto andar, com uma equipe treinada especificamente para saber informar e acolher de forma personalizada.

Para Bruna Ventura, a melhor maneira de diagnosticar a catarata é mantendo as consultas com o médico oftalmologista em dia. “Como a opacificação do cristalino vai se desenvolvendo progressivamente, muitas vezes o paciente nota que não está enxergando bem, mas não tem a noção correta do quanto a catarata está interferindo na visão, o que pode colocá-lo em risco nas atividades do dia-a-dia. Daí a importância de ter a rotina do exame anual. De forma geral, todo mundo vai desenvolver catarata a partir dos 50 anos, mais cedo ou mais tarde”, assegura.

Contando com quatro unidades avançadas para consultas e exames nos principais shoppings da capital pernambucana, o Hope realiza cerca de 25 mil atendimentos por mês.

A cirurgia

Confirmado o diagnóstico de catarata, através de um exame indolor, indica-se o procedimento. Bruna Ventura detalha que não existe colírio para tratar ou reverter a opacificação do cristalino - a solução é mesmo cirúrgica. Mas isso não significa que seja um grande transtorno, a recuperação costuma ser muito rápida.

"A cirurgia evoluiu muito nas últimas décadas e o pós-operatório é muito tranquilo. Não fica internado, no mesmo dia pode assistir TV, comer na mesa, tomar banho sozinho. O cuidado maior é com a higiene e em evitar fazer esforço físico durante alguns dias”, tranquiliza.

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