São João

Vendas de milho animam feirantes no Ceasa

Ceasa estima alta de 10% na demanda. Previsão é comercializar 13 milhões de espigas

JC Online
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Publicado em 11/06/2019 às 13:42
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Ceasa estima alta de 10% na demanda. Previsão é comercializar 13 milhões de espigas - FOTO: Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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As vendas de milho no Ceasa devem crescer 10% este ano, em relação ao ano passado por causa do aumento na produção, sobretudo no Agreste do Estado. Em 2018, foram comercializadas no entreposto cerca de 12 milhões de espigas. Este ano, a previsão é chegar a 13 milhões de espigas comercializadas.

Nesta segunda-feira (10), o Ceasa deu início ao período conhecido como “plantão do milho”, quando o pátio destinado à comercialização do produto fica aberto para receber comerciantes de milho e compradores, 24 horas por dia, até o dia 23, véspera de São João.

“A safra de milho em Pernambuco foi boa devido às chuvas e a distribuição de sementes em tempo hábil. Isto fez com que mais produtores plantassem o milho este ano”, explicou Paulo de Tarso, diretor técnico-operacional do Ceasa.

Cerca de 90% do milho comercializado no centro de abastecimento é produzido em Pernambuco, principalmente nos municípios de Barra de Guabiraba, Passira, Chã Grande, Vitória de Santo Antão, Ribeirão, Ibimirim, Bonito e Caruaru, entre outros. “Estamos recebendo também muito milho vindo do Sertão, lá de Inajá”, completa Paulo.

Com a boa safra deste ano, a tendência é que o preço da mão do milho (com 50 espigas) fique estável neste período junino. Entre R$ 20 e R$30. “A perspectiva é que o preço se comporte igual ao do ano passado, mesmo sabendo que houve aumento nos custos com defensivos agrícolas, energia e transporte”, diz Paulo de Tarso. Ele lembra, ainda, que o Ceasa sempre divulga o preço da mão do milho publicamente para estimular a livre concorrência, mas pontua que é importante haver um equilíbrio no preço, para que o produtor não tenha prejuízo.

MOVIMENTO

Nesta segunda, primeiro dia do plantão do milho no Ceasa, o movimento foi grande, mas só do lado dos comerciantes. Pela manhã, havia poucos compradores.

Nesta primeira semana, cerca de 150 vendedores comercializam aproximadamente 200 mil espigas por dia, segundo a administração do Ceasa. Na próxima semana, com a proximidade das festas juninas, esses números dobram. E no dia 23 de junho, último dia do plantão de vendas, atinge o pique. É quando entram 3 milhões de espigas no Ceasa. Na segunda-feira (dia 24), o local ainda abre, mas em horário reduzido, das 5h às 13h, para atender os remanescentes e quem ainda quer garantir o milho para Dia de São Pedro (29).

BARATO 

Era possível encontrar a mão do milho no Ceasa sendo vendida a partir de R$ 15. O milho de melhor qualidade saía por R$ 25, preço máximo encontrado pela reportagem.

O comerciante Maurício Carneiro encheu o carro com espigas. “Os preços estão ótimos. Dá até para negociar e ganhar alguma coisa. Se continuar assim, semana que vem, quando a festa pegar fogo, a tendência é a gente comprar mais”, disse ele, que faz canjica e pamonha para vender.

Já o vendedor Agnaldo Melo reclamou da baixa procura pelo produto. “Estamos vendendo pouco, mas, brevemente, espero que aumente. O preço está bom, mas parece que o povo tá sem dinheiro”, observou Agnaldo.

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