Indústria Naval

'Retomada do setor naval virou um pesadelo', diz presidente do Sindmetal

Henrique Gomes participa nesta sexta (31) de reunião com jurídico do Estaleiro Atlântico Sul

Adriana Guarda
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Adriana Guarda
Publicado em 30/01/2020 às 0:24
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
Henrique Gomes participa nesta sexta (31) de reunião com jurídico do Estaleiro Atlântico Sul - FOTO: Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
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A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE) participa nesta sexta-feira (31/01) de reunião com a gestão do Estaleiro Atlântico Sul (EAS) para discutir o pedido de recuperação judicial protocolado na 1ª Vara Cível da Comarca de Ipojuca. No encontro, programado para 7h, os representantes do Sindmetal vão pedir esclarecimentos sobre o pedido de RJ e a situação de cerca de 30 trabalhadores que estão ativos, mas afastados pelo INSS. 

"Lamentável, a esperança da retomada do setor naval virou um pesadelo", diz o presidente do Sindmetal, Henrique Gomes. Segundo ele, independente da reunião desta sexta, o departamento jurídico do sindicato vai acompanhar o processo na Justiça. "Nosso receio é de que as dívidas do EAS sejam muito maiores do que o ativo que eles possuem hoje. Eles dizem que têm uma dívida de R$ 1,38 bilhão até 2014, mas de quanto é esse valor até agora", questiona.

SUSPENSÃO

Em junho do ano passado o EAS encerrou as atividades no Complexo de Suape por tempo indeterminado. A suspensão coincidiu com o encerramento da entrega das encomendas à Transpetro (subsidiária da Petrobras). De lá para cá, os sócios Camargo Correa e Queiroz Galvão vinham tentando atrair novas encomendas, mas não conseguiram.  

O fim das atividades do estaleiro refletiram no nível de desemprego e no comportamento da indústria de transformação do Estado. Com operação iniciada em 2007 em Pernambuco, o EAS chegou a ter 11 mil funcionários. 

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